Nem só de abolicionistas, nem da lavra da Princesa Isabel, com a Lei Áurea, ocorreu a libertação dos escravos no Brasil. O ultimo país do mundo, a por termo a este regime de atrocidades, e exploração do homem pelo homem. Muitas e, variadas, foram as formas insurgentes, de rebeliões, intentadas pelos escravizados, contra os suplícios, que lhes eram impostos por seus “Senhores”. Quer nas trincheiras das senzalas, ou nos campos de batalhas dos Quilombos, as guerras de resistência, foram incansáveis e determinantes, para o fim da escravidão, do período colonial, de nossa história. Aqualtune, viveu este período, ao ser trazida capturada, após a derrota de seu povo Congolês, pelos colonizadores portugueses. Vendida como escrava reprodutora, foi levada grávida para uma fazenda em Porto Calvo, Alagoas. Mãe de Ganga Zumba e, avô de Zumbi, filho de sua filha Sabina. Convertida ao catolicismo, foi marcada a ferro, com uma flor, no seio esquerdo. Com a experiência adquirida na luta, contra os invasores de sua pátria, era tida como grande estrategista, por ter comandado um grupo de cerca de 10 mil homens e mulheres. Aqui chegando, foi peça fundamental, na resistência contra a escravidão. Tão logo soube da existência das organizações quilombolas, por negros fugidios, reuniu e articulou uma fuga de companheiros de infortúnio, rumo a Palmares, a época, o maior e mais organizado dos Quilombos, situado em Pernambuco. Em Palmares, liderou 11 mocambos, como eram constituídos os quilombos, voltados a organização de fugas, e abrigos aos escravos rebelados. Outras mulheres escravizadas, estiveram na luta de libertação, como Acotirene, considerada a matriarca do Quilombo de Palmares. Adelina, filha de escrava com um “Senhor” de engenho. Era comum o coito, consentido ou não, de “Senhores” com escravas, muita vez para mantê-las grávidas, como amas de leite dos bebês da corte. Thereza de Benguela, viveu num quilombo, no século XVIII, em Mato Grosso. Luiza Mahim, se destacou na Revolta dos Males, ocorrida em Salvador, Bahia em janeiro de 1835. Anastácia, escrava rebelde, filha da Bantu, Delminda. Tida como possuidora de rara beleza, dotada de belos olhos azuis, foi amordaçada com uma mascara de ferro, por sua rebeldia. Teria nascido no Rio de Janeiro, em 1740. Seus restos mortais, encontram-se… Continue a ler 13 de maio-Aqualtune heroína da Abolição