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5º Conferência Estadual de Cultura do RJ começou com divergências

Primeiro dia de plenária ou discussões acirradas sobre alterações e aprovação do regimento interno entre delegados e servidores da SECEC-RJ

*Por Tainá de Oliveira

Após um intervalo de cinco anos, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECECRJ) retoma  a Conferência Estadual de Cultura de maneira presencial, em sua 5ª edição. O primeiro dia de conferência começou na terça-feira (23), no Teatro Riachuelo, localizado na Rua Passeio, próxima a Cinelândia.

O objetivo do evento é promover debates sobre o futuro da cultura no Estado, com participação ativa dos delegados eleitos durante as conferências municipais e encontros setoriais, que aconteceram durante as primeiras etapas da Conferência, no segundo semestre de 2023. Dos 92 municípios que compõem o estado do Rio de Janeiro, cada um enviou cerca de cinco delegados  para a plenária.

A conferência começou bem, com a apresentação da Orquestra Harmônicos de Conservatória, originária do município de Valença, liderada pela cantora Juliana Maia. A apresentação emocionante embalou o público, principalmente, na música “Maria, Maria”, composição de Milton Nascimento. Depois, seguiu-se a apresentação de Danielle Barros, secretária da SECEC-RJ, oficializando a abertura do evento.

Todavia, o que se seguiu na conferência foi desentendimentos, discussões acaloradas e confusão na plenária. Houve atrasos por conta da chuva e também um desentendimento sobre o sistema de votação, feita por pequenos controles distribuídos aos delegados na entrada, o que já gerou alteração dos ânimos.

Logo após, seguindo o cronograma, seria a leitura e a aprovação do regimento interno. Muitas pessoas reclamam que não receberam o documento e exigiram que o mesmo fosse impresso e distribuído entre os presentes, o que gerou mais um atraso.  Não parou por aí: muitos dos delegados pediram destaques em vários dos artigos do documentos, como exigência de mais representatividade dos vários grupos étnicos, religiosos, gêneros e sexualidade.

Houve também discordância e desentendimentos inflamados sobre a colocação de destaques do documento: muitos dos delegados confundiam com propostas, algo que deve ser debatido nos Grupos de Trabalho, que aconteceram nos dias 24 e 25 na UERJ. A formação de chapas, quantos delegados seriam representantes de GT e como seria tal organização também gerou bate boca, com várias pessoas falando ao mesmo tempo, tendo dificuldade de gerar um concesso.

No final, a Secretária Daniella Barros pediu ordem e reiterou a importância de intercâmbio com a diversidade, mas ressaltou que democracia precisa de ordem e concesso. O dia se encerrou com a aprovação tardia do regimento, tendo as palestras previstas para o evento encerradas.

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