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64 mil crianças e adolescentes vivem sem acesso adequado a água no Rio de Janeiro, alerta UNICEF

Foto: Vick Francis/DFID

A falta de água potável impacta de forma mais intensa crianças e adolescentes negros e indígenas

No Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março, o UNICEF destaca que 64 mil crianças e adolescentes no Rio de Janeiro não têm acesso adequado à água potável, representando 1,7% da faixa etária no estado. Em todo o Brasil, são afetados 2,1 milhões (3,9%). Os dados são de uma análise do UNICEF com base no Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e reforçam a necessidade urgente de investimentos para assegurar acesso universal à água.

“A privação desse direito afeta diretamente o bem-estar e o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, comprometendo também a efetivação de outros direitos, como alimentação adequada, saúde e educação”, explica Rodrigo Resende, Oficial de Água, Saneamento e Higiene do UNICEF no Brasil. 

Os dados ainda mostram que a falta de acesso à água afeta de forma mais intensa as populações em situação mais vulnerável, em especial negros, indígenas e moradores das regiões Norte e Nordeste. 

Os desafios de acesso à água se refletem, também, nas escolas. De acordo com o Censo Escolar 2023, no Brasil, 1,2 milhão de estudantes estão matriculados em 7,5 mil escolas públicas que não têm acesso adequado à água potável no País. Entre eles, 224 mil meninos e meninas estão nas 3 mil escolas em que o acesso à água é inexistente. No Rio de Janeiro, são 17 escolas públicas com água inexistente, onde estudam 1,3 mil alunos. 

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