A implantação do novo sistema de bilhetagem municipal, Jaé, prevista para 1º de fevereiro, gera preocupações sobre a integração com o sistema estadual, RioCard, e o futuro do Bilhete Único Intermunicipal.A partir de fevereiro, o Jaé será o único meio de pagamento em ônibus municipais, vans e BRTs no Rio de Janeiro, substituindo o RioCard. Apesar da mudança, o RioCard continuará sendo aceito em metrô, trens, barcas e linhas intermunicipais.A falta de integração entre os sistemas ameaça o benefício do Bilhete Único Intermunicipal (BUI) para cerca de 100 mil passageiros, que representam 3,5% dos usuários de transporte público. A incerteza sobre a integração entre os modais causa apreensão entre trabalhadores e usuários que dependem do transporte público para se deslocar.O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, afirmou que a integração do Jaé com o RioCard até 1º de fevereiro é inviável, devido ao processo de licitação da nova bilhetagem estadual.A prefeitura do Rio, por sua vez, cobrou a instalação de validadores do Jaé nas estações do Metrô Rio, sob pena de encerrar a integração com linhas de ônibus da Zona Sul.O Metrô Rio argumenta que a falta de integração pode agravar o desequilíbrio no sistema de transportes metropolitano e gerar perda de benefícios para os passageiros.Enquanto a prefeitura afirma que as negociações sobre a integração estão em fase final, a secretaria estadual de Transportes garante o compromisso de preservar o BUI, independentemente do formato de bilhetagem. O Metrô Rio, por sua vez, busca esclarecimentos de ambos os órgãos para garantir a integração dos sistemas e evitar prejuízos para os passageiros.A situação permanece indefinida para os usuários, que se aproximam da data limite para a implantação do Jaé sem a garantia de uma solução para a integração entre os sistemas de bilhetagem.