Na edição de n° 284, falei de 2 situações: a primeira, um povo (Israel), que se dizia de Deus, mas não O obedecia. Vários profetas foram enviados pregando o arrependimento para que se evitasse o castigo fatal que acarretaria sobre eles. Mas rejeitaram os homens de Deus e preferiram ficar em suas iniquidades. A mesma coisa aconteceu no tempo do apóstolo Paulo, quando escreveu aos romanos nos capítulos 1 e 2. E por incrível que pareça, estamos passando pela mesma situação.
A segunda (Assírios), um povo que não conhecia o Deus Verdadeiro. Mas quando tiveram a oportunidade, se arrependeram de seus pecados (Leia o livro de Jonas).
O chamado de JONAS
Jonas, filho de Amitai (Jn 1,1), foi um profeta de Israel, do Reino do Norte, de Gate-Hefer, ao norte de Nazaré, na Galileia. No período do rei Jeroboão II (2 Rs 14,23-25), é muito respeitado. Aliás, Jonas e Oseias, são os únicos profetas criados no Reino do Norte que possuem livros proféticos no Antigo Testamento. E foi justamente Jonas que Deus escolheu para ir à Nínive, capital da Assíria.
“Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até Mim.” (1,2).
Os Israelitas odiavam os assírios, eles eram uma ameaça à sua sobrevivência. Era uma nação perversa, cruel e imoral (Na 1,1-11; 2,12-13; 3, 1-4.16-18).
E mesmo com toda essa crueldade, Deus mostrou seu amor para com essa nação, viu que não podia exterminá-la sem antes enviar um dos seus profetas e o escolhido foi Jonas. Só que o mesmo não queria e levantou-se para fugir, recusando-se a entregar a mensagem de Deus a Nínive, porque sabia que o povo podia se arrepender e o juízo de Deus não viria mais sobre eles (1,3). Então pegou um Navio e foi para Társis, que hoje é a Espanha. Em vez de ouvir a voz de Deus, vazou para a Europa.
Parece uma história engraçada, mas é a pura realidade dos dias atuais. Muitos não querem ouvir a voz de Deus e não querem ir de encontro aos perdidos, achando que os mesmos não têm mais jeito (Mt 25,31-46).
Mudança de vida
Algumas coisas aconteceram para que os ninivitas recebessem Jonas de braços abertos: Primeiro passaram por duas grandes pragas (765 – 759 a.C). Depois por um eclipse do sol (763 a.C).
Estes fatos, contribuíram como sinais do juízo de Deus. E aberto os corações dos mesmos, para receberem Jonas. Mas antes disso acontecer, Jonas não queria. Então diz a Bíblia que Deus mandou ao mar um grande vento, junto com uma grande tempestade (1,4).
E é o que muitas das vezes acontece em nossas vidas, quando não ouvimos o chamado pessoal ou coletivo de Deus. “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele, e ele comigo.”(Ap 3,20).
Continuaremos na próxima edição.
