A confeitaria é patrimônio histórico e artístico nacional 

Na Rua Gonçalves Dias, 32, no Centro  do Rio de Janeiro, fica a mais tradicional das confeitarias da cidade maravilhosa, a confeitaria Colombo. Fundada em 1894 por dois imigrantes portugueses, ela recebeu este nome, em homenagem ao navegador Cristóvão Colombo, tendo um extenso rol de clientes célebres na sociedade brasileira. Sua arquitetura e ambiente permitem ter uma ideia de como teria sido a Belle Époque na então, capital da República , Rio de Janeiro.

As bancadas de mármore italiano, os espelhos de cristal emoldurados por elegantes frisos talhados em madeira de jacarandá, e os móveis do interior que foram esculpidos no período da construção por artesãos, reforçam essa sensação.

A Confeitaria Colombo tornou-se ponto de encontro dos intelectuais da cidade, sobretudo da boemia literária, onde escritores e poetas se encontravam. Famosos como Chiquinha Gonzaga, Olavo Bilac, Rui Barbosa, Villa Lobos, Lima Barreto, entre outros. 

Entre 1912 e 1918 os salões do interior da confeitaria foram reformados. Em 1970 a Confeitaria começou um período de dificuldades causada pela mudança de costumes e hábitos. As pessoas não tinham muito tempo para uma refeição ou café.

Em 1983 a Confeitaria passa a ser parte do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em 1999 os irmãos Assis, adquiriram a Confeitaria e fizeram uma ampla restauração arquitetônica, valorizaram a história e introduziram novidades adaptadas aos tempos. Tudo isso fez com que a Confeitaria Colombo voltasse a brilhar no coração do Rio de Janeiro.

A Confeitaria Colombo funciona como Café, Restaurante, Doceria e espaço para festas de casamentos ou aniversários. Conta com salão de café, salão de chá, restaurante e área de eventos.

O almoço é tão bom quanto um café com bolos e tortas, além de doces e salgados de todo tipo. São 50 mil de cada, por mês, o que totaliza 4 mil toneladas de farinha, 3 toneladas de açúcar e cerca de 25 mil ovos.

A Confeitaria  também oferece em sua agenda, a temporada de chá que costuma ocorrer todos os dias a partir das 17:00h.

Em 2002, a confeitaria criou o Espaço Memória, onde mantém, em exposição, louças, baixelas, fotos, cardápios e embalagens de produtos que foram utilizados ao longo da história da confeitaria.

Atualmente, o segundo andar é ocupado pelo restaurante Cristóvão, nome que, assim como o da confeitaria, homenageia o navegador Cristóvão Colombo.