Era uma manhã de dezembro na oficina do Seu Jorge, um mecânico experiente e respeitado por todos os clientes que entravam por ali. O lugar estava cheio de carros, afinal muitos se preparavam para viajar no réveillon, por isso, ferramentas espalhadas e o barulho constante de motores sendo testados. Seu Jorge, como sempre, estava imerso em seu trabalho, suado e com as mãos sujas de graxa, concentrado em consertar o motor de um carro que estava dando dor de cabeça há dias.
Dona Marta, sua esposa, decidiu que, naquele ano, o aniversário de Jorge seria celebrado de um jeito diferente: dentro da própria oficina! Com a ajuda de Fredi Jon e da trupe da Serenata & Cia, ela preparou uma festa surpresa cheia de personalidade. O bolo foi colocado ao lado de uma bancada de ferramentas, as velas eram de ignição, e a trupe se preparou para entrar cantando músicas alegres com temas de carros e motores.
Tudo estava pronto, mas Jorge, debaixo de um carro, não fazia ideia. Quando ouviu os primeiros acordes e o “Parabéns” ecoando na oficina, ele gritou: “Agora não, tô ocupado! Pede pra esperar!”
Dona Marta, segurando o riso, insistiu: “Jorge, olha aqui, vem ver quem chegou!”
Mas ele, sem nem olhar, respondeu irritado: “Marta, pelo amor de Deus, pede pra esperar!”
Foi quando um dos mecânicos, rindo muito, o puxou para fora do carro. Seu Jorge, confuso, finalmente viu a cena: a Serenata & Cia cantando Meu carro é vermelho…, o bolo decorado com ferramentas de chocolate, e todos os mecânicos com chapéus de festa. Ele não aguentou e caiu na gargalhada.
“Tudo isso pra mim, Marta? E eu aqui achando que era só mais um cliente chato!”
A trupe da Serenata & Cia continuou cantando enquanto Jorge tentava apagar as velas de ignição, sem sucesso. No final, ele agradeceu a todos, prometendo que aquele seria o aniversário mais divertido e inesquecível que ele já tivera.