A natureza conspira.
Joga sobre o calor,
pequenas pedras de gelo.
Vento quente e rouco,
amedronta árvores, sacode o tempo,
desfaz incertezas, pede carinho,
Chove! Natureza em lástima.:
Gotas batucam no telhado,
tal bumbos no carnaval.
Lágrimas escorrem no beiral.
Sapé tristonho, inundado de esperança.
Alma molhada, desabrigada.
Como será amanhã?
Vida, sonho dourado.
Relógios sem horas para marcar.:
Começo e fim, é o mundo.
Voando sem saber para onde.
Vivendo dias como o domingo,
acordo sem sonhos.
Ideias felizes, desejos impossíveis.
Pão e manteiga sobre a mesa.
Fecho a janela, desço a cortina.
Sou criança recebendo doces.
Revejo o ontem, penso no amanhã.
Em liberdade, volto pra você!