Jornal DR1

Poder da arte como linguagem

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Cecília Ribas

No dia 29 de abril de 2025, tive o prazer e a honra de receber no RespirArte uma artista que carrega em sua trajetória o poder da arte como linguagem, cura e transformação: Moema Branquinho. Transmitido ao vivo pelo canal do Jornal DR1 no YouTube, o encontro foi uma verdadeira aula de sensibilidade, técnica e ancestralidade.

Moema nasceu no Rio de Janeiro em 1964 e cresceu rodeada por arte: filha da pintora Maria Teresa Vieira e do escultor português José César Branquinho, ela teve seu olhar artístico cultivado desde cedo. Ainda criança, já manipulava materiais e expressava o mundo por meio das formas e das cores. E esse chamado não parou.

Sua formação atravessou fronteiras. Entre 1987 e 1993, estudou na prestigiada École Nationale Supérieure des Beaux Arts de Paris, onde se especializou em mosaico artístico. Também se aprofundou em Arteterapia na Universidade Candido Mendes (2014) e, em 2017, concluiu um mestrado na Universidade Santa Úrsula, integrando arte e acessibilidade em uma pesquisa que tocou o coração do nosso programa.

Durante nossa conversa, Moema falou com generosidade sobre sua relação com o mosaico, que para ela é mais do que técnica — é linguagem. Ela cria verdadeiras “peles” a partir de fragmentos: vidro, cerâmica, objetos cotidianos, tudo ganha voz em suas mãos. São histórias que se juntam, que se curam, que ganham novas formas. Sua obra une escultura, cerâmica, design, arte pública e reflexão social.

Falamos sobre sua trajetória como educadora e artista, sua atuação em oficinas e exposições no Brasil e no exterior, e sua experiência na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde trabalhou com mestres como Reynaldo Roels Jr., Iole de Freitas, Anna Bella Geiger e, em especial, Celeida Tostes, com quem mergulhou na arte do fogo e no universo do barro.

Desde 2008, Moema também leva sua experiência para o ensino superior como professora no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula. E desde novembro de 2021, vive em Maricá, onde mantém seu ateliê e continua criando, pesquisando e compartilhando saberes.

Ela nos falou sobre o projeto Mosaico de Memórias, sobre oficinas com jovens em situação de vulnerabilidade e sobre sua crença inabalável de que a arte pode ser um elo entre mundos, um canal de escuta e de pertencimento.

Foi uma entrevista que me tocou profundamente. Moema Branquinho é dessas artistas que não apenas constroem beleza — ela revela verdades, dá forma a silêncios e convida todos nós a reconstruirmos nossos próprios pedaços.

Se você não pôde assistir ao vivo, recomendo fortemente que veja a entrevista completa no canal do Jornal DR1 no YouTube. Tenho certeza de que, como eu, você sairá transformado.

Com carinho e inspiração,
Cecilia Ribas
Apresentadora do RespirArte – Jornal DR1

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