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Bienal do Livro Rio 2025 quebra recordes e consagra a cidade como capital mundial da leitura

A 22ª edição da Bienal do Livro Rio chegou ao fim no último domingo (22) consagrada como a maior de todas. Com mais de 740 mil visitantes ao longo de 11 dias, o evento realizado no Riocentro registrou um aumento de 23% no público em comparação com 2023, além de superar todas as expectativas de vendas: foram 6,8 milhões de livros comercializados, consolidando o festival como o maior evento literário, cultural e de entretenimento do Brasil.

Neste ano, o grande diferencial foi o conceito inédito de Book Park, que transformou os pavilhões em um parque literário interativo, unindo tecnologia e experiências imersivas que aproximaram ainda mais o público das histórias. A proposta foi criada com base em estudos sobre o comportamento do leitor, visando ampliar o acesso à leitura e atrair novos públicos.

O impacto foi sentido diretamente nas editoras. A HarperCollins Brasil dobrou seu faturamento, enquanto Globo Livros cresceu 70%. Companhia das Letras e Record tiveram aumento de cerca de 65%, e editoras como Sextante, Arqueiro, Intrínseca e Rocco também registraram crescimento expressivo.

Com mais de 1.850 autores presentes, entre nacionais e internacionais, a programação somou 1.200 horas de conteúdo e ampliou o espaço total do evento para 130 mil m², ocupando áreas internas e externas. Entre as atrações mais populares estavam a roda-gigante “Leitura nas Alturas”, o Escape Bienal, a Praça Além da Página e o Labirinto de Histórias.

A Bienal também foi marcada por encontros internacionais simbólicos, como o de Chimamanda Ngozi Adichie e Taís Araújo, além da mesa com Conceição Evaristo, Teresa Cárdenas e Zukiswa Wanner, que emocionou o público ao discutir memória e resistência.

No âmbito social, o programa de Visitação Escolar levou 130 mil alunos ao evento com acesso gratuito e vouchers de até R$ 200 para compra de livros. Ao todo, foram investidos R$ 16 milhões em incentivo à leitura, reforçando o compromisso da Bienal com a formação de novos leitores.

A Bienal 2025 termina com um legado que ultrapassa os portões do Riocentro: o projeto Bienal nas Escolas segue até o fim do ano, levando literatura a estudantes da Região Metropolitana. Em um país com baixos índices de leitura, a Bienal mostra que, com criatividade e acesso, o livro pode, sim, ser protagonista.

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