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Ética e Cidadania: Cidadania virtual e a educação mediática ​

Reprodução Internet

Assim como somos educados para respeitar as normas sociais, o Estado de direito, a Constituição brasileira e os direitos civis, também é fundamental aprendermos as normas e direitos que regem nossa “pátria digital”. ​ A crescente integração entre os mundos físico e virtual apresenta novos desafios, especialmente no que diz respeito aos limites de atuação em espaços cibernéticos, sem comprometer a individualidade e a integridade dos que ali interagem. ​ Nesse contexto, torna-se indispensável a implementação de práticas de educação midiática que preparem crianças e jovens para serem cidadãos virtuais, engajados de forma crítica em atividades online e offline. ​

O uso da internet e das mídias sociais exige atenção especial ao papel do professor, que deve orientar e formar alunos capazes de navegar pelo constante fluxo de informações, muitas vezes marcado pela desinformação. ​ Com o avanço das Fake News, é essencial desenvolver práticas sociais e políticas que promovam o exercício consciente dos direitos e deveres, capacitando o cidadão a identificar e denunciar o mau uso das informações. ​ Para isso, é necessário formar indivíduos críticos e responsáveis, capazes de analisar textos digitais com atenção às suas fontes e intenções, utilizando ferramentas digitais de maneira autoral e significativa, sempre com ética. ​ Nessa perspectiva, o educador deve adotar abordagens pedagógicas inovadoras, incentivando o uso da mídia como parte do cotidiano e da construção do conhecimento, em vez de restringi-lo. ​

No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem o papel de uniformizar a educação midiática em todo o território nacional, promovendo a participação e o engajamento dos indivíduos em atividades cívicas e sociais nas plataformas digitais, de forma crítica e responsável. ​ Isso inclui a denúncia de transgressões no ambiente virtual. Assim como na cidadania tradicional, a cidadania virtual, quando bem desenvolvida, deve capacitar os indivíduos a exercerem sua voz e influência em prol da melhoria da sociedade, combatendo o fantasma da desinformação, que, quando sistemática, pode representar uma grave ameaça à democracia.

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