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Defensoria Pública pede acesso a imagens de câmeras corporais e cobra explicações sobre baterias extras da PM

Divulgação Policia civil

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro enviou um ofício à Ouvidoria-Geral da Polícia Militar pedindo acesso imediato às imagens registradas durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na última terça-feira (28), que resultou em 121 mortes.

No documento, a Defensoria também cobra explicações sobre o uso das baterias sobressalentes das câmeras corporais, previstas em contrato firmado pela corporação.

O pedido foi feito após o secretário da Polícia Militar, Marcelo Menezes, afirmar em coletiva de imprensa que parte das gravações pode ter se perdido. Segundo ele, as baterias das câmeras se esgotaram durante a ação, que começou ainda de madrugada e se estendeu por mais de 12 horas.

O aditivo, assinado em agosto de 2024 entre a PM e a empresa L8 Group S.A., determina o fornecimento de baterias extras e bases de carregamento para todas as unidades da corporação, reforçando a exigência de que os equipamentos tenham autonomia suficiente durante as operações.

A Defensoria Pública solicita que a Ouvidoria informe como foi feita a disponibilização e o uso dessas baterias durante a Operação Contenção, além de esclarecer por que parte das gravações não foi preservada.

As imagens das câmeras corporais são consideradas fundamentais para esclarecer as circunstâncias das mortes e garantir a transparência das ações policiais na operação, apontada como a mais letal da história do estado.