O sepultamento de Bárbara Borges, de 28 anos, emocionou familiares e amigos na tarde deste domingo (2), no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. A bancária foi baleada na cabeça enquanto voltava para casa em um carro por aplicativo, durante um tiroteio na Linha Amarela, na última sexta-feira (31).
A cerimônia, realizada na capela 3, reuniu parentes, colegas de trabalho e representantes do Sindicato dos Bancários. O clima era de profunda dor e indignação. Descrita como uma jovem alegre e dedicada, Bárbara chegou a ser socorrida para o Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos.
Entre os presentes, o cantor Buchecha, amigo do marido da vítima, fez um apelo por mais segurança na cidade.
De acordo com o motorista do aplicativo, Bárbara voltava da Ilha do Governador em direção ao Cachambi quando o carro foi atingido por disparos nas proximidades da passarela do Fundão, próximo ao Complexo da Maré. Ela estava no banco traseiro e acabou sendo atingida fatalmente. Segundo a Polícia Militar, o confronto foi provocado por criminosos armados.
A 21ª DP (Bonsucesso) investiga o caso e busca identificar os responsáveis pelos tiros. O Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre os autores. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos números (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, além do aplicativo oficial do programa.
A morte de Bárbara reacende o debate sobre a violência nas vias expressas do Rio, que há anos colocam motoristas e passageiros em risco. Entre lágrimas, familiares pediram justiça e paz, transformando mais uma tragédia em símbolo da urgência por segurança pública no estado.



