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Jovens também em risco

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Aumento alarmante de Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre pessoas mais novas

que antes era visto como um problema predominantemente de pessoas mais velhas está mudando: o AVC — que inclui tanto o isquêmico quanto o hemorrágico — tem apresentado crescimento entre adultos jovens. Aqui vai o panorama, o porquê, e o que podemos fazer.

Os dados que alarmam

  • Globalmente, um estudo divulgado mostrou um aumento de cerca de 14,8% nos casos de AVC entre pessoas com menos de 70 anos. Correio 24 Horas+3A Gazeta+3Correio Braziliense+3
  • No Brasil, estimativas apontam que cerca de 18% dos casos de AVC ocorrem em pessoas entre 18 e 45 anos. Brasil de Fato+2A Gazeta+2
  • Nos EUA, dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) mostram que entre os períodos de 2011-2013 e 2020-2022, houve aumento de cerca de 14,6% entre pessoas de 18-44 anos e 15,7% para 45-64 anos. NewYork-Presbyterian+2Healthline+2
  • Entre os fatores de risco associados, por exemplo, o tipo hemorrágico do AVC (hemorragia intracerebral) aumentou mais rápido em adultos abaixo de 65 anos do que em idosos. www.heart.org

Esses números sinalizam uma tendência que desafia a ideia tradicional de que “jovem não tem AVC”.


Por que está acontecendo?

Especialistas apontam diversos fatores — muitos deles ligados ao estilo de vida moderno — como responsáveis por esse fenômeno em adultos mais jovens:

  1. Doenças previamente consideradas “da idade mais avançada” agora ocorrem mais cedo: hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade. Correio 24 Horas+2NewYork-Presbyterian+2
  2. Sedentarismo, má alimentação, excesso de ultraprocessados, consumo de álcool e tabaco em idades mais jovens. A Gazeta
  3. Fatores de saúde menos tradicionais para “jovem saudável” também entram no jogo: problemas cardíacos não diagnosticados, uso de hormônios ou contraceptivos, distúrbios de coagulação, etc. New York Post+1
  4. Estresse crônico, sono insuficiente e estilo de vida agitado: fatores emergentes que afetam a saúde vascular mesmo em quem não se considera “em risco”. The Times of India

O que muda para quem é mais jovem?

  • Quando um AVC acontece em adulto jovem, as consequências são duplas: além do risco imediato à vida, há um dano maior em termos de impacto socioeconômico, qualidade de vida e anos de atividade produtiva que podem ser perdidos.
  • Em geral, sinais de alerta podem passar despercebidos em pessoas mais jovens porque não está “no radar” de quem acha que AVC é doença de idoso — por isso, o reconhecimento rápido importa.
  • A prevenção também assume um papel ainda mais central: não é esperar “ficar mais velho” para cuidar da saúde vascular, mas começar agora.

O que podemos fazer — dicas práticas

  • Monitorar a pressão arterial, glicemia e colesterol desde cedo, mesmo que você ache que “não se encaixa” no perfil de risco.
  • Praticar atividade física regular (ex: 150 minutos por semana de moderado) e evitar longos períodos sentado.
  • Ter uma alimentação equilibrada: menos ultraprocessados, menos açúcares refinados e sal; mais frutas, legumes, fibras.
  • Evitar ou moderar tabaco, álcool, cuidado com drogas e substâncias que alterem a coagulação ou porque há risco cardiovascular.
  • Estar atento aos sinais de AVC — mesmo “estranhos”: fraqueza ou dormência súbita de um lado do corpo, dificuldade de fala, visão turva, dificuldade para caminhar, dor de cabeça súbita e intensa. “F.A.S.T.” (Face, Arm, Speech, Time) vale para jovens também.
  • Reduzir estresse, garantir sono adequado, cuidar da saúde mental — afinal, saúde vascular também depende da “saúde global”.

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