Projetos ambientais na Barra, Recreio e Jacarepaguá ampliam a proteção da biodiversidade e integram conservação, reflorestamento e conscientização popular
A Zona Sudoeste do Rio de Janeiro encerra 2025 com um conjunto de iniciativas que reforçam o compromisso da cidade com a sustentabilidade e a recuperação de seus ecossistemas naturais. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (Smac) colocou em prática três importantes ações: o Plano Permanente de Restauração das Restingas, a criação de novas unidades de conservação que formarão o Corredor Azul e o início do reflorestamento no Parque Natural Municipal da Prainha.
Recuperar, preservar e conscientizar
O Plano Permanente de Restauração das Restingas foi lançado com foco inicial nas praias da Barra e do Recreio. A proposta envolve o mapeamento das áreas degradadas, diagnóstico da vegetação nativa e ações de replantio com espécies típicas de restinga. O projeto vai além da recuperação ambiental: inclui campanhas educativas voltadas a banhistas e comerciantes, incentivando práticas sustentáveis no uso da orla.
A Smac também estabeleceu protocolos integrados com outras secretarias — como Esportes e Lazer e Desenvolvimento Urbano — para garantir que o lazer e o turismo aconteçam em harmonia com a preservação. Trechos da orla serão monitorados mensalmente para avaliar o avanço das ações e o impacto das atividades humanas.
Corredor Azul: um novo eixo de conservação
Outra medida estratégica é a criação de três novas unidades de conservação que formarão o Corredor Azul, conectando as florestas de Jacarepaguá às praias da Barra e do Recreio. A iniciativa, que aguarda sanção, busca criar um corredor ecológico contínuo, protegendo a fauna e a flora locais e fortalecendo a ligação entre áreas verdes e corpos hídricos da região.
O novo corredor se integrará a unidades já existentes, como o Parque Municipal Perilagunar da Lagoa do Camorim, ampliando a malha de proteção ambiental da cidade e criando um modelo de gestão ecológica interligada.
Reflorestamento e readequação da orla
No Parque Natural Municipal da Prainha, começaram as ações de reflorestamento com o plantio de espécies nativas e a recuperação de encostas afetadas pela erosão. A medida visa restaurar a cobertura vegetal, fortalecer o solo e preservar a beleza natural de um dos cartões-postais do Rio.
Além disso, quiosques da orla foram notificados e passaram por readequação para atender normas ambientais. A reestruturação faz parte de um plano maior de manejo sustentável, equilibrando lazer, economia local e respeito ao meio ambiente.
Legado ambiental para o futuro
As ações foram aceleradas para estarem em execução antes da COP 30, que será realizada em novembro, em Belém. Contudo, mais do que cumprir metas internacionais, o conjunto de projetos representa um investimento de longo prazo na qualidade de vida e na resiliência climática da cidade.
Com a recuperação das restingas, a criação de novas áreas de conservação e o reflorestamento de parques, a Barra e Jacarepaguá se consolidam como exemplos de gestão ambiental urbana — e o Rio dá um passo firme rumo a um futuro mais verde e equilibrado.



