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Pix terá novo alerta de golpe para proteger usuários de fraudes, diz Banco Central

Foto: Divulgação

O Banco Central vai implementar um alerta de golpe no Pix para reforçar a segurança dos usuários durante transações suspeitas. O novo recurso, que ainda está em fase de testes, exibirá uma mensagem na tela do aplicativo questionando se o cliente realmente deseja concluir a operação.

A novidade foi anunciada nesta terça-feira (11) pelo diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Gomes, durante uma transmissão ao vivo em comemoração aos cinco anos do Pix. Segundo ele, a proposta é criar uma ferramenta padronizada entre as instituições financeiras para aumentar a prevenção contra fraudes.

O alerta servirá como uma barreira extra para evitar transferências a contas fraudulentas ou em contextos típicos de golpe, como promessas de investimento rápido, sorteios falsos e links de phishing.

Além do aviso na tela, o Banco Central trabalha na automatização de bloqueios quando o destinatário for uma conta já marcada como fraudulenta no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) — o banco de dados central do Pix. “Se uma chave está marcada como fraudulenta, a transferência será automaticamente bloqueada”, afirmou o diretor.

A iniciativa surge em meio ao aumento de ataques cibernéticos e golpes financeiros que utilizam o Pix para desviar grandes valores. Em julho, hackers conseguiram roubar R$ 813 milhões de contas de reservas mantidas por instituições financeiras, caso investigado pela Polícia Federal na Operação Magna Fraus, realizada com apoio da Interpol.

Renato Gomes destacou que o Banco Central tem atuado de forma mais rígida com as instituições que não cumprem os requisitos de capital e segurança. “Os pontos fracos da cadeia estão mais vigiados. Estamos sendo mais severos com as instituições que não satisfazem as exigências de segurança”, afirmou.

Com a nova ferramenta, o Banco Central espera reduzir significativamente os casos de fraude e reforçar a confiança dos usuários no sistema de pagamentos instantâneos, que hoje é utilizado por mais de 160 milhões de brasileiros e movimenta trilhões de reais por mês.