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O Cantador de Histórias: Motel, música e confusão: a serenata que quase virou caso de polícia!

MOTEL5

Verão de 2001, São Paulo. Calor de fritar pensamento. Fredi Jon e sua trupe estavam prestes a realizar mais uma serenata surpresa — daquelas para derreter coração. Renata planejou tudo para Daniel: quarto de motel preparado com pétalas, banheira espumante, luz romântica… um clima “Lua de Mel com trilha sonora”. Tinha fotógrafo clandestino e tudo. Quase um casamento secreto. Quase.

Daniel chegou. Estacionou o carro. Olhou para o lado. Dois carros. Um era o de Renata. O outro… desconhecido.

Silêncio. Olhos arregalados. Filme de terror no HD interno.

“Dois carros na garagem do motel… DOIS?! Ah não. Não comigo. Hoje não!”

E lá foi ele, cheio de razão e sem nenhuma informação.
Subiu as escadas como quem vai salvar seu relacionamento… ou sua dignidade.

“Renata! Abre essa porta! Eu sei que tem gente aí!”

Dentro do quarto, Renata tentando manter o romance.

Mas como manter clima suave com o Hulk berrando lá fora?

Quando a porta abriu, Daniel entrou com aquele olhar de fiscal de fidelidade moral.

“Explica. Agora.”

O fotógrafo atrás, tremendo — não de medo, mas para não explodir de rir. E é nesse instante que o destino resolve estrelar a cena: Fredi Jon e o saxofonista começam a descer as escadas tocando a música do casal, como se fossem protagonistas de um musical romântico venezuelano.

Daniel congelou. Olhou a banheira de pétalas…Olhou para Renata…Olhou para os músicos…Olhou pro fotógrafo…

E finalmente percebeu:

Ele estava pagando mico. Histórico. Cinematográfico. Inesquecível. “Ah… então… era uma serenata…”, disse, tentando recolher os caquinhos da sua pose de macho indignado.

Renata, com sorriso de quem venceu a guerra sem atirar: “Sim, meu amor. Surpresa. Não treta.”

Enquanto isso, o fotógrafo já tava fazendo álbum: “O Ciúme nas suas Quatro Fases: do Surto ao Sorriso Constrangido”.

E os outros hóspedes? Claro que vieram assistir. Brasileiro não perde espetáculo ao vivo.

A tensão virou gargalhada. A quase tragédia virou show. Rolou até brinde de champanhe. Daniel, já rindo, confessou: “Eu estava de verdade prestes a chamar a polícia.”

Fredi, respondeu: “Se fosse chamar, chamava primeiro o saxofone. Esse sim é perigoso.”

No final, todo mundo saiu dali com algo especial:
Renata, um alívio. Daniel, uma história pra contar pro resto da vida.
E o motel…

Bom, o motel ganhou um capítulo eterno no folclore das serenatas brasileiras.

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