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Banco Master tinha vínculos financeiros com gestoras investigadas na Operação Carbono Oculto

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O Banco Master, recentemente colocado em liquidação extrajudicial pelo Banco Central, mantinha relações financeiras com as gestoras de investimentos Trustee DTVM e Reag Investimentos, ambas investigadas pela Operação Carbono Oculto — ação deflagrada para desarticular um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.

A conexão entre as instituições veio à tona após documentos e comunicações oficiais repercutirem no mercado. Em setembro de 2025, logo após a operação ser deflagrada, a Reag Investimentos publicou um comunicado confirmando que o fundo Hans 95 havia negociado Certificados de Depósito Bancário (CDBs) emitidos pelo Banco Master. A informação reforçou a preocupação de investidores e reguladores sobre a exposição de fundos administrados por essas gestoras a ativos ligados ao Master.

A Operação Carbono Oculto investiga um amplo esquema que envolve empresas e operadores financeiros responsáveis por movimentações suspeitas relacionadas a créditos e tributos no setor de combustíveis. A presença de produtos do Banco Master nas carteiras das gestoras investigadas levantou questionamentos sobre os critérios de alocação e os mecanismos de controle de risco utilizados.

Com a liquidação extrajudicial do banco, anunciada nesta semana, o cenário se torna ainda mais delicado. Investidores, fundos e órgãos de fiscalização buscam entender a extensão dos vínculos e avaliar possíveis impactos nas carteiras afetadas. O episódio aprofunda o debate sobre transparência, governança e rigor regulatório no mercado financeiro, especialmente em um momento em que práticas suspeitas e conexões entre instituições passam por escrutínio cada vez maior.

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