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Hytalo Santos nega sexualização de adolescentes após acusações e processo criminal

Foto: Jornal Povo na Rua

Hytalo Santos nega sexualização de adolescentes após ter sido denunciado por crimes envolvendo produção e divulgação de conteúdos considerados impróprios com menores. Preso desde agosto, o influenciador prestou depoimento à Justiça e afirmou sentir profundo constrangimento por estar respondendo ao processo, alegando que sempre manteve aproximação consensual com os jovens e com anuência das famílias.

Durante a audiência, Hytalo foi questionado sobre suposta violação ao artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata da produção de material pornográfico com menores. Ele rejeitou a prática e disse acreditar que ações registradas no processo foram interpretadas de forma equivocada. O influenciador declarou que sua atuação tinha caráter social e que jamais explorou sexualmente os adolescentes apresentados nos autos.

As investigações apontam que conteúdos publicados nas redes mostrariam danças e interações consideradas sensuais envolvendo crianças e adolescentes na residência onde vivia com o marido, em Bayeux, na Paraíba. O MP sustenta que o casal teria lucrado com os vídeos e chegou a acompanhar o influenciador desde 2020, chegando a emitir alertas sobre teor do material divulgado. A defesa nega irregularidades e afirma que o conteúdo não pode ser enquadrado como pornografia.

A promotoria também atribui ao influenciador tentativas de contato com um dos jovens para influenciar o depoimento prestado durante o processo, fato que teria resultado em prisão preventiva. Segundo relatos, familiares do adolescente teriam informado autoridades sobre a suposta abordagem. Hytalo sustenta que jamais orientou mentira ou manipulação do caso e que nunca incentivou comportamentos íntimos entre os participantes dos vídeos.

Ao tratar das coreografias exibidas, Hytalo afirmou que o estilo dos vídeos refletia influências culturais e musicais de sua região, negando que houvesse intenção sexualizada. Segundo ele, danças do brega funk, comuns em periferias entre Recife e João Pessoa, podem ser interpretadas de forma diferente por quem desconhece o contexto. A defesa também rejeita acusações de estímulo a relações íntimas e diz que nenhuma gravação configura ato pornográfico.

O processo ainda está em andamento e inclui acusações de exploração sexual, recrutamento de jovens por vantagens financeiras e controle sobre rotina dos adolescentes. Foram mencionadas também mudanças de visual e tatuagens associadas ao grupo. O MP solicitou reparação de danos coletivos de R$ 10 milhões e sustenta que o influenciador integrava um esquema de atração e manipulação de vulneráveis.

Hytalo e o marido, Euro, seguem presos na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, em João Pessoa, após mandado expedido pela Justiça da Paraíba. A defesa tenta reverter a prisão, mas pedidos já foram negados. Enquanto isso, o Gaeco continua reunindo depoimentos, registros e material coletado em redes sociais para esclarecer cada etapa da denúncia e apurar eventual responsabilidade penal.

O influenciador mantém a posição de que não praticou crimes e diz confiar no esclarecimento dos fatos ao longo da tramitação judicial.

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