Por Claudia Mastrange
Queda de cabelo é sinônimo de doença? Quando devo me preocupar com a quantidade? Por que os cabelos caem em excesso em algumas épocas? Longe da preocupação unicamente a estética, com base na máxima de que o cabelo é a ‘moldura’ do rosto’, algumas questões põem indicar ou ser reflexo de problemas de saúde. Muitos não conhecerem a gravidade de alguns tipos de queda e da necessidade de buscar orientação de especialista.
“Existem diversos tipos de alopecia, algumas de natureza autoimune, inflamatória ou infecciosa, por exemplo. Doenças sistêmicas e deficiências vitamínicas também podem ter reflexo sobre os fios, causando quedas agudas de número aumentado de fios”, explica o dermatologista Rodrigo Pirmez, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da European Hair Research Society e da North American Hair Research Society.
“Existe uma queda normal no dia a dia que não representa nenhum problema. Isso acontece porque estamos constantemente trocando fios antigos por novos. A média considerada normal é de cerca de 60 a100 fios por dia. Caso suspeite de que sua queda está acima do normal, ou ainda, observe falhas no couro cabeludo, o recomendado é procurar um médico dermatologista com experiência na área de doenças dos cabelos e couro cabeludo para realizar o diagnóstico precoce da condição”, explica o especialista.
Após a gravidez o problema pode se agravar
Um momento da vida em que é comum as mulheres indicarem alta queda de cabelos é logo após a gravidez. “É muito comum e ocorre principalmente devido às diversas alterações hormonais durante a gestação”, afirma a dermatologista Flávia Basílio. Ela explica que durante a gravidez a taxa de fios em fase de crescimento aumenta, e no período pós-parto o inverso ocorre, o que leva à queda desses fios em média três meses após o parto.
“É recomendado nesse período ter uma alimentação saudável, rica em vitaminas e minerais. Suplementos podem ser recomendados. Se a queda for persistente outros fatores devem ser investigados”, destaca a doutora Flávia.
Tratamentos
O dermatologista Felipe Chediek explica que há algumas opções de tratamentos, como a intradermoterapia, também conhecida como mesoterapia, que consiste na aplicação de microinjeções no couro cabeludo para administrar medicamentos, ativos e suplementos. “Essas substâncias aceleram o crescimento e fortalecem os fios”, afirma o medico, lembrando que há ainda tratamentos com o uso do laser e com microaguhamento, entre outros.
“É certo que, com o passar dos anos, o fio de cabelo, se não tratado, vai ficando cada vez mais fino até chegar em um determinado momento em que o poro [onde sai o fio] se fecha, não tendo mais como reaver esse fio, pois chegou em estágio de atrofia, como se fosse uma árvore que seca e a raiz e morre”, destaca o dermatologista. Nesse momento, a indicação é implante capilar”, afirma.
Fotos: Pixabay e reprodução