Da Redação
No Rio de Janeiro, de acordo com dados da Secretária Estadual de Saúde, em 2016 foram notificados 8.956 casos de sífilis, e em 2017, 13.328, um aumento de 48,8%. O médico infectologista do Bronstein Medicina Diagnóstica, Alberto Chebabo, esclarece que a sífilis é transmitida pela bactéria treponema pallidum durante o ato sexual sem proteção com pessoa infectada ou no caso da congênita, que passa da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou no parto.
“A epidemia de sífilis acontece no mundo inteiro e este aumento de casos sugere que a população baixou a guarda e deixou de reconhecer a importância do sexo seguro. Exames e tratamentos de baixo custo levam a acreditar que a prevenção não é essencial. Há ainda o equívoco de pensar que apenas pessoas com hábitos sexuais promíscuos podem se infectar”, ressalta.
Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. Os sintomas incluem vermelhidão da pele, que pode se estender até as mãos; dores musculares; fadiga; febre; mal-estar; dor de garganta; inchaço de gânglios nas axilas e pescoço; dificuldade para engolir ou perda de apetite. E na região genital, o aparecimento de úlceras, que são pequenas feridas.
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante o parto ou após os primeiros dois anos de vida da criança. No estado do Rio de Janeiro registrou aumento significativo também de sífilis congênita.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde apontam que o número de casos passou de 3.356 em 2016 para 4.139 em 2017, um aumento de 23,33%. E entre as gestantes, foram 6.264 casos em 2016 e 8.693 em 2017. Ainda de acordo com o órgão, mais de 40% das mulheres que têm a doença só descobre na hora do parto, curetagem ou aborto.