Da Redação
Construir uma sociedade igualitária para todos é uma preocupação de muitos países. A ONU (Organização das Nações Unidas), em parceria com 192 países lançou em 2015, uma lista com 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável (ODS). O plano é diminuir a disparidade no mundo. A principal meta para o décimo objetivo é reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. Para atingir este propósito, um dos pontos principais é aumentar e manter o crescimento da renda de 40% da população mais carente a uma taxa maior que a média nacional.
Segundo a ONU, um dos caminhos é assegurar a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultados, eliminando inclusive leis, políticas e práticas discriminatórias, e ao mesmo tempo, promovendo ações legais que garantam mudanças positivas. Também divulgar a inclusão social, econômica e política, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião e condição econômica. Para alcançar tais metas, é essencial adotar políticas de proteção social, salarial, fiscal e gradativamente levar igualdade para todos.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, 25,3% dos brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza. No país, um em cada quatro pessoas sobrevive com menos de R$ 420 por mês, menos da metade do salário mínimo. A pesquisa aponta que, em média, 52 milhões vivem com esta renda mensal.
De acordo com a pesquisa 27,2 milhões são mulheres e 25,3 milhões são homens. Os dados apontam que deste total 13,8 milhões são brancos e 38,2 pretos e pardos. O relatório também destaca que 29,3 milhões não possuem instrução e o ensino fundamental é incompleto. E 13,2 milhões estavam empregados. O estudo revela o tamanho da desigualdade do Brasil e o quanto os objetivos da agenda 2030 da ONU são fundamentais para construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Voz mais forte para países em desenvolvimento
Outro ponto importante é aperfeiçoar o monitoramento dos mercados, instituições financeiras mundiais e consolidar tais regulamentações. É importante ressaltar que os países em desenvolvimento precisam ter uma representação com voz mais forte e presente nas tomadas de decisão referente às instituições financeiras e econômicas internacionais para que sejam eficientes, legítimas e responsáveis.
O documento também destaca a necessidade de incentivar o desenvolvimento em países menos avançados, principalmente, os sem litoral; Estados insulares e africanos, conforme os seus planos e programas nacionais. Promover a assistência oficial ao desenvolver fluxos financeiros com a inclusão de investimento externo direto seria uma possível solução. De acordo com a ONU, outro ponto fundamental seria inserir tratamento especial e diferenciado para países financeiramente frágeis, em conformidade com os acordos da OMC.
Nos últimos anos, acompanhamos diversos conflitos internos em muitos países: catástrofes ecológicas e migração de pessoas para outras nações buscando estabilidade financeira com qualidade de vida. Estes eventos favorecem a migração entre os povos. A ONU aponta que é importante apoiar estas populações de maneira segura e organizada com políticas bem idealizadas e coordenadas.
O plano, com estas metas, é até 2030 diminuir para menos de 3% os gastos com a transferência de remessas dos migrantes e acabar com os corredores de remessas maiores que 5%. A agenda 2030 destaca um total de169 metas em várias áreas que, se cumpridas, transformarão nosso mundo para melhor.
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