Por Franciane Miranda
Famosa na alta sociedade paulista, a empresária também é conhecida por alguns brasileiros que moram nos recantos mais longínquos deste enorme país. O motivo? Sua generosidade e a sua forma de acolher que marcaram a vida de muitas pessoas. Ela diminuiu as fronteiras e tornou-se uma das mulheres mais queridas do Brasil. Um porto seguro aos que necessitam de ajuda.
Já predestinada a fazer a diferença na vida de muitos brasileiros, ainda jovem Cláudia Bonfiglioli aceitou o convite de um médico e foi trabalhar como voluntária no Hospital do Câncer, em São Paulo. Lá presenciava muitas crianças abandonando a terapia contra o câncer por não terem condições de arcar com as demais despesas do tratamento. Em 1996 fundou, junto com Patrícia Thompson, a Casa Hope, uma instituição 100% filantrópica de apoio a criança com câncer. Formada em administração, usou o talento herdado de sua família para liderar a instituição, localizada no bairro paulistano da Vila Mariana.
A casa ajuda crianças pobres de vários municípios do Brasil. Se a entidade não existisse, muitos pequenos não teriam tido a mesma sorte. Tudo muito bem organizado para ajudar as famílias a passarem por esse momento tão difícil. Mas a casa não é um lugar triste, muito pelo contrário, ela oferece uma estrutura onde as crianças interagem com diversão de acordo com sua condição.
A casa dispõe de 6.000 m², contando com 48 dormitórios, 192 leitos, escola, brinquedoteca, teatro, ampla área de lazer, biblioteca, salas de TV, de convivência e refeitórios. Também oferece consultórios de serviço social, terapia ocupacional, psicologia e espaços para os jovens com cursos de capacitação profissional.
Os Bonfiglioli é uma das famílias mais tradicionais da terra da garoa. Conhecidos pela elite paulista por sua influência empresarial e por terem sido os proprietários da Companhia Industrial de Conservas Alimentícias, a Cica, além do Banco Auxiliar. Herdeira também da rede de fast-food Bon Grillê, sua história de vida mostra que ela nasceu para fazer a diferença neste mundo.
Mãe de dois filhos, Maria Thereza e Luís Alfredo, frutos do relacionamento com empresário Álvaro Coelho da Fonseca. Cláudia tem um laço afetivo verdadeiramente humano com seus pimpolhos, mantém todos unidos pelo laço da generosidade e gratidão. A empresária abraçou a causa da solidariedade e distribui abraços carinhosos em várias crianças espalhadas por toda nação.
A jornada não seria fácil e grandes dificuldades nos primeiros anos testaram sua força e sua fé. Já ajudou até mesmo como a motorista levando as crianças para realizar os tratamentos. Com o passar dos anos tudo mudou e sua posição privilegiada ajudou a passar por esses momentos de dificuldade. O seu fácil acesso aos empresários, aliado a sua experiência profissional, a ajudaram a desenvolver diversos projetos e ações para arrecadar recursos que mantêm a casa de portas abertas. Quando não está buscando doações, você a encontrará facilmente na Casa Hope, que se tornou o seu segundo lar.
O Sistema Único de Saúde (SUS) se responsabiliza pelas despesas de viagens e do hospital. A Casa Hope garante condições necessárias para prosseguir com o tratamento ambulatorial quando necessário. Há garantia de transporte ao hospital para consultas médicas e até escolar, para que elas não percam o ano letivo. Também se preocupam com os familiares, garantindo a hospedagem e alimentação para todos.
Sua história nos leva a refletir sobre a importância de sermos solidários e o quanto estas ações fazem a diferença na vida das pessoas que precisam de ajuda. A recompensa é saber que mudamos a história dos nossos semelhantes e elas poderão trilhar um novo caminho e, quem sabe, usando sua experiência de vida para transformar o mundo em um lugar mais humano.