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Bolsonaro compara epidemia do coronavírus a uma ‘gripezinha’

De máscara no rosto, o presidente Jair Bolsonaro ironizou a epidemia de coronavírus no Brasil e chamou a doença de “gripezinha”, durante coletiva no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (20). Na ocasião, ele e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comunicavam ações do governo de combate à doença.

Bolsonaro havia sido perguntado se divulgará o documento do exame que comprova que seu teste deu negativo. O presidente se negou a revelar o teste e disse que mesmo uma situação de contágio não irá “derrubá-lo”.

“Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá ok?”, afirmou o presidente. “Se o médico ou o Ministério da Saúde me recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presentes”, disse o presidente quando a entrevista já era dada por encerrada.

Minimizar o novo coronavírus repercutiu muitíssimo, inclusive para os esforços anunciados minutos antes pelo ministro da Saúde. Brasil já contabiliza 904 casos do novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. A pasta confirmou 11 mortes. Nove delas estão no estado de São Paulo. Segundo Mandetta, as infecções vão disparar no Brasil até junho, e o sistema de saúde pode entrar em “colapso” já no mês de abril.

O presidente já havia minimizado a doença em situações anteriores, como em 16 de março, quando afirmou que há “superdimensionamento” sobre a crise e que os impactos do contágio “não é isso tudo o que dizem”. Dias antes, durante discurso em Miami, nos Estados Unidos, também declarou que a proliferação do vírus era “muito mais fantasia da grande mídia”. Na comitiva que o acompanhou ao país norte-americano, 22 pessoas já confirmaram a infecção.

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