O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a incentivar a população a utilizar máscaras de tecido domésticas como forma de proteção contra o novo coronavírus. Segundo ele, o uso pode desafogar a demanda por máscaras descartáveis destinadas às equipes de saúde − o governo vem enfrentando problemas para adquirir esse tipo de equipamento junto aos fornecedores na China.
A pasta divulgou um manual e disse que fará campanha virtual para incentivar as pessoas a fazer as próprias máscaras. O texto reforça a indicação para que o uso seja para quando for sair de casa.
“Você pode fazer uma máscara barreira usando um tecido grosso, com duas faces. Não precisa de especificações técnicas. Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. A diferença é que ela tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para manter o autocuidado”, disse Mandetta.
O ministro afirmou que as máscaras oferecem uma barreira mecânica contra gotículas de saliva que são, em geral, os principais vetores de transmissão da doença. O uso deve ser pessoal, trocadas a cada no máximo duas horas e lavadas (veja como no quadro abaixo) antes da reutilização.
A população deve usar apenas as máscaras simples, feitas em casa. As cirúrgicas, já em falta, devem ser exclusivas de profissionais de saúde, pacientes com Covid-19 e quem cuida de pacientes. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), não há mais itens disponíveis no varejo e as drogarias estão em dificuldades até para fornecer aos próprios funcionários.