Por Alessandro Monteiro
Numa rápida análise, em 2007, na gestão do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, quando o Brasil se candidatou para receber a Copa, apoiado pelo Ministro do Esporte da época, Orlando Silva, a dupla foi enfática ao relatar que os estádios seriam erguidos exclusivamente com dinheiro privado.
Estamos em 2020 e a realidade é cruel, muito distante do prometido. Mais de 8 bilhões de dinheiro público gasto na construção de arenas e tantas obras de recuperação que não havia necessidade de demolição, à exemplo, o Estádio do Maracanã, uma obra superfaturada em 211 milhões, que até hoje está passível de investigação e nada e tantos outros milhões de reais desviados em OS’S de serviços.
A Cidade Olímpica se transformou num grande elefante branco, abrigando entulhos, sucatas e no verão servindo apenas vitrine para mega shows de axé e sertanejos, cujos valores jamais foram revertidos para melhorias da educação e saúde.
O elefante branco que se transformou a Cidade Olímpica, hoje abriga entulhos, que entregue as traças, servindo apenas para arena de mega shows, cujos valores arregrados pelo governo jamais foram destinados a educação e à saúde.
Enquanto o prefeito Marcelo Crivella transfere idosos que moram em comunidades para muitos dos hotéis particulares da cidade onerando os caixas públicos , 04 anos após os Jogos Olímpicos, centenas dos apartamentos com toda infraestrutura da Ilha Pura, localizado também na Zona Oeste, local escolhido para abrigar ser a Vila dos Atletas, permanece entregue as moscas.
Uma construção com mais de 3.000 apartamentos de 50 a 70 metrôs, 2, 3 quartos e muitas coberturas, completamente vazios. Em tempos de crise e recessão, será que não um acordo com a construtora Carvalho Hosken, empresa responsável pelo empreendimento?
Novamente a inconsequência, falta de planejamento financeiro e de gestão implicarão em sérios problemas futuramente. Enquanto isso, a verba que seria destinada à saúde, escoa pelo ralo da impunidade e da falta de fiscalização.
Preocupante também é o gasto atual do Governo do Estado do Rio, que já passa 1 bilhão de reais alegando o combate ao cornavírus. Os contratos fechados sem licitação, por estarem diretamente ligados a crise da saúde, geram grandes falhas na administração de OS’s, gerando mais prejuízo e desvio de verbas.
Logo, novamente estamos reféns do círculo vicioso e vergonhoso da corrupção e impunidade no Brasil.
Enfim, apertem os cintos, porque o momento é de incertezas, insultos ao ódio, liderados pela cobiça, e disputas de poder, cuja estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 6,7% das horas de trabalho desaparecerão no mundo durante o segundo trimestre de 2020, o que equivale a 195 milhões de empregos em tempo integral.