Nos próximos anos, o pneu de caminhão poderá contar com métodos alternativos de fabricação. E o uso do óleo de soja está entre as ideias mais esperançosas.
O primeiro uso comercial de um novo composto de borracha à base de óleo de soja está ajudando a Goodyear a melhorar o desempenho dos pneus em condições de piso seco, chuva e inverno. Uma equipe de cientistas e engenheiros criou um composto de rodagem, ou formulação, usando óleo de soja, que é derivado natural, econômico, neutro em carbono e totalmente renovável.
Ao empregar óleo de soja em pneus, criou-se uma forma de conservar o composto de borracha flexível em mudanças de temperatura. É igualmente importante a conquista de desempenho ao manter e aprimorar a aderência do veículo na superfície das estradas nas estações ao longo do ano, principalmente em locais de climas bem definidos e adversos. Isso também melhora a eficiência no processo da fabricação e reduz o consumo de energia.
A comercialização de óleo de soja em pneus como a mais recente inovação tecnológica da Goodyear baseia-se em outras inovações recentes da empresa, como o uso de sílica derivada da cinza da casca de arroz, outro componente que está usando em certos pneus de consumo, além de usos atuais e passados de componentes como fibra de carbono, areia vulcânica e muito mais.
Alguns colunistas sobre esse assunto opinam que “o emprego de um óleo vegetal resolve os problemas ambientais provocados pelos pneus há de ser meramente mercadológico, haja vista o forte apelo que o tema tem na atualidade. É que o material é renovável, mas não reciclável, que são conceitos diferentes. Renovável porque sua síntese se dá em escala humana de tempo como o álcool, não reciclável porque um pneu usado não se pode transformar em um novo, como acontece com o vidro, o alumínio, o aço ou o papel”.
Todos os problemas ambientais no descarte dos pneus continuarão inalterados. Completa: “os argumentos tecnológicos hão de ser muito mais fortes para um público que entenda minimamente do assunto, seja pelo lado da agricultura, seja pelo lado da ecologia. O fato de esses pneus manterem a flexibilidade e aderência sob temperaturas contrárias, qualquer que seja o piso, com menor resistência de rolagem basta para justificar o investimento.”
Ainda carecem de mais pesquisas ecológicas em conjunto com razões econômicas para uma avaliação mais exata e conclusiva sobre as vantagens e desvantagens em relação ao meio ambiente, porque descartar um pneu feito com composto a base do petróleo deve ser diferente de um composto de óleo de soja.