A nove dias do fim de seu mandato, o prefeito Marcello Crivela foi preso por volta das seis da manhã desta terça-feira, 22 de dezembro, no Condomínio em que mora na barra da Tijuca, no Rio. A prisão faz parte de uma operação conjunta da Polícia civil com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que desde 2018 investiga um esquema de corrupção dentro da prefeitura do Rio. Crivella já está prestando depoimento na Cidade da Polícia, em Benfica e se disse alvo de perseguição. “É tudo perseguição política. Acabei com o pedágio da Linha amarela, tirei dinheiro do carnaval, negociei o BRT… Fui o prefeito que mais lutou contra a corrupção”, declarou aos jornalistas., ressaltando também que sua expectativa é por Justiça.
Além de Crivella, foram presos também o empresário Rafael Alves, apontado como o ‘chefe do QG da propina’; o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo, além do empresário Adenor Gonçalves dos Santos.
Também alvo da operação, o ex-senador Eduardo Lopes e não foi encontrado em sua casa no Rio. Ele teria se mudado para Belém e deverá se apresentar à polícia. Lopes foi senador do Rio pelo Republicanos, ao herdar o cargo de Crivella, e foi secretário de Pecuária, Pesca e Abastecimento do governador afastado Wilson Witzel.
Com a prisão de Crivella e em decorrência da morte de seu vice-prefeito, Fernando McDowell, em maio de 2018, quem assume a prefeitura enquanto o prefeito estiver preso é o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felipe (DEM).
Foto: Reprodução TV Globo