Em ofício dirigido à Fiocruz, os “Deuses do Olimpo”, leia-se STF, STJ e TST, requisitaram a reserva de 7 mil vacinas contra Covid-19 para aplicação nos ministros e funcionários. O ofício do diretor do STF, Edmundo Verdas dos Santos Filho, justificou, dizendo que a vacinação de ministros e funcionários “contribuiriam com o país”.
Pasmem todos nós, reles mortais. O Deus do Olimpo, presidente do STF Luiz Fux defendeu o pedido, atitude no mínimo considerada um escárnio, uma afronta a todos os brasileiros. Milhares de pessoas, cidadãos comuns estão perdendo a vida para essa pandemia, e os “Deuses do Olimpo”, além da infinidade de privilégios que possuem, às custas do erário público, querem ser os primeiros a garantir suas vacinas
Os primeiros a serem vacinados são os médicos, enfermeiros, o pessoal que está na linha de frente no combate a esse vírus maldito. Depois deverão ser os idosos e assim sucessivamente.
O dito Poder Judiciário é uma casta que está distante do povão, que goza de inúmeros privilégios. A começar pelos altos salários acima do teto previsto na Constituição Federal. São dezenas de auxílios que dão um prejuízo de 1 bilhão de reais por ano. Aliás, a caixa preta do poder judiciário tem que ser aberta, doa a quem doer.
É inadmissível que tanto os juízes quanto os servidores do judiciário gozem de privilégios a ponto de não serem investigados e punidos em centenas de casos de corrupção, ou seja, não sofrem punições.
Se existe um setor que não está abalado financeiramente durante esses tempos de pandemia, com certeza absoluta foi o Judiciário. Não perderam o emprego, não trabalharam, não se expuseram ao vírus, não tiveram seus altos salários congelados e não correm os riscos da profunda recessão que assola o país.
Mas esses privilégios são insatisfatórios, precisam de garantias contra o vírus da Covid-19, com a reserva da vacina. Afinal, o povão pode esperar…
Temos um Poder Judiciário a serviço da corrupção, pois todos os ministros do STF, do STJ e do TST estão a serviço dos corruptos, vide o arquivamento da prisão em segunda instância.
O país atravessa uma de suas maiores crises de saúde pública, de desemprego, de óbitos em decorrência da pandemia e o judiciário está preocupado em manter privilegiados com mais essa ‘regalia’ de terem suas vacinas garantidas. Fica aquela pergunta que não quer calar: para que serve essa estrutura judiciária? Com certeza não serve ao povão.
Parabéns à Fiocruz.
Carlos Agusto (Carlão)
Sindicalista, advogado e jornalista – MTb 38577RJ