O governo de Nova York aprovou na última semana uma norma que legaliza o uso recreativo da maconha. A decisão foi assinada pelo governador, Andrew Cuomo, um dia depois do aval dado também pelos parlamentares do estado americano. Com a decisão, NY passa a ser o 15º estado dos EUA a permitir o uso recreativo da droga por adultos.
A partir de agora, maiores de 21 anos podem comprar maconha e cultivar plantas para o consumo pessoal, com um plano para que parte dos recursos arrecadados seja destinado ao tratamento contra a dependência química e a campanhas de educação.
Com a legalização, Nova York também eliminará de forma automática os antecedentes de todas as pessoas condenadas por crimes relacionados à maconha e excluirá as multas por posse de até 85 gramas da droga, novo limite de posse particular.
“Esta lei histórica dá justiça a comunidades marginalizadas há muito tempo, abraça uma nova indústria que vai fazer a economia crescer e estabelece garantias de segurança substanciais para a população”, afirmou Cuomo, em comunicado divulgado à nação.
O Senado estadual havia aprovado a lei por 40 votos a 23, enquanto a Assembléia votou por 100 a 49 a favor da proposta.
Após a sanção da lei, o gabinete do governador argumentou que a entrada em vigor da legalização da macumba pode representar US$ 350 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) por ano em impostos e criar dezenas de milhares de postos de trabalho.
A decisão também foi saudada pela NORML, um grupo pró-maconha, que disse que dezenas de milhares de nova-iorquinos foram presos todos os anos por pequenas violações relacionadas à maconha e que a maioria era jovem, pobre e de cor.
“A legalização da maconha é um imperativo social e de justiça criminal, e a votação de hoje é uma passo crítico em direção a um sistema mais justo”, disse a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, também em comunicado.