A Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi realizada na quinta (22) e na sexta (23) e teve discurso do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por videoconferência. Ele prometeu adotar medidas que reduzam as emissões de gases e pediu “justa remuneração” por “serviços ambientais” prestados pelos biomas brasileiros ao planeta.
A Cúpula de Lideres serve como um primeiro passo para o evento mundial das Nações Unidas, a Conferência do Clima, COP26, prevista para novembro, na Escócia. Um dos principais objetivos é impedir a elevação da temperatura média do planeta acima de 1,5 grau neste século.
No discurso, bolsonaro, uma das 40 lideranças convidadas para fazer parte do encontro, disse que o Brasil se compromete a zerar, até 2030, o desmatamento ilegal; reduzir as emissões de gases; buscar ‘neutralidade climática’ até 2050, antecipando em dez anos; e ‘fortalecer’ os órgãos ambientais, ‘duplicando’ recursos para fiscalização.
Bolsonaro foi o 20º a discursar. “À luz de nossas responsabilidades comuns, porém diferenciadas, continuamos a colaborar com os esforços mundiais contra a mudança do clima. Somos um dos poucos países em desenvolvimento a adotar e a refirmar a NDC transversal e abrangente, com metas absolutas de redução de emissões, inclusive para 2025, de 37%, e de 40% até 2030”, afirmou o presidente.
O presidente disse também ter determinado que a chamada “neutralidade climática” seja alcançada pelo Brasil até 2050, antecipando em dez anos a meta anterior. A medida consiste em o país não emitir mais gases na atmosfera do que é capaz de absorver. Ainda no discurso, Bolsonaro reafirmou “compromisso” com a eliminação do desmatamento ilegal até 2030, conforme já havia dito em carta enviada a Joe Biden.
Joe Biden, por sua vez, confirmou, ao abrir o evento, o compromisso dos Estados Unidos em cortar 50% das emissões de gases que causam o efeito estufa, até 2030. No entanto, ele fez questão de destacar que o país é responsável por apenas 15% das emissões em todo o planeta.
Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu cortar as emissões de carbono em 78% até 2035. O líder da China, Xi Jinping, disse que o país é parceiro dos Estados Unidos nos assuntos ambientais e pode cortar relações comerciais com países que não alcançarem as metas ambientais nas próximas décadas.
Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu cortar as emissões de carbono em 78% até 2035. O líder da China, Xi Jinping, disse que o país é parceiro dos Estados Unidos nos assuntos ambientais e pode cortar relações comerciais com países que não alcançarem as metas ambientais nas próximas décadas.
A discussão sobre meios de preservar o meio ambiente é válida, mas, neste momento de pandemia, em que a Covid-19 tem matado milhares de pessoas por dia em todo mundo, outros assuntos, como a situação da fome, por exemplo, que foi bastante agravada pela crise, deveria ser uma prioridade dos líderes mundiais.