Uma operação no Morro do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, contra o tráfico de drogas, na última quinta-feira (6), terminou com 25 pessoas mortas, após um intenso tiroteio. Segundo a Polícia Militar, um dos mortos é o policial civil André Frias, baleado na cabeça e os demais eram suspeitos de tráfico. Dois passageiros do metrô foram baleados dentro de um vagão da linha 2, na altura da estação Triagem, e ficaram feridos, mas sem risco de morte.
Além dos mortos, um morador do Jacarezinho foi atingido no pé, quando estava dentro de casa, e também não corre risco. No tiroteio, dois policiais civis também se feriram. Vídeos registraram o som de rajadas, e explosões de bombas foram registradas em diferentes pontos da favela.
Ainda segundo informações, quem mora na comunidade não conseguiu deixar suas casas para ir aos compromissos diários. Segundo relatos, entre eles estava uma grávida com uma cesariana marcada e não pode ir até a Clínica da Família, próxima ao local, que também permaneceu fechada.
Número dão conta que os 23 mortos confirmados é o maior em alguma operação realizada na região, desde 2016, segundo dados do site Fogo Cruzado, que faz essa contagem desde a época em sua plataforma digital.
As operações só podem ser feitas em caráter de “hipóteses excepcionais” e para isso é preciso a autorização do Ministério Público em conjunto com a Polícia Militar. Devido ao número de óbitos, um advogado da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já foi designado para acompanhar o caso.