O Centro Cultural Jerusalém (CCJ), na Avenida Dom Hélder Câmara, em Del Castilho, no Rio, é um espaço que promove uma leitura transversal da história da cidade de Jerusalém. Quem vai até o local tem a sensação de estar de fato na Terra Santa sem sequer ter saído do Brasil. O espaço integra a lista de locais que fazem parte do turismo religioso do Rio, ao lado de pontos como o Cristo Redentor, o Santuário de Fátima e o Memorial do Holocausto.
A principal atração do CCJ é a maquete gigante que representa a cidade de Jerusalém do século I d. C, em tamanho 50 vezes menor. Em todo o mundo, só há duas maquetes dessa: a de Del Castilho e a de Jerusalém, no Museu do Livro. O idealizador do projeto, Marcelo Crivella, teve a intenção de propagar a cultura de Israel no Brasil.
A maquete demorou cinco anos para ser construída, de 2000 a 2005. Depois, durante mais três anos, foi erguida uma estrutura para abrigar a relíquia de 736 m². A estrutura em torno da maquete tem sistema de iluminação que sugere as fases do dia (amanhecer, dia, entardecer e madrugada). A cobertura é o que difere da maquete que está em Jerusalém, que fica ao ar livre.
“A maquete foi construída com pedras brancas trazidas da Galileia. É uma pedra característica de Jerusalém. Elas vinham de navio e, aqui, eram cortadas e polidas. O chão da maquete a gente também teve que importar. Ao contrário da maquete do Rio, a de Jerusalém ficam ao ar livre porque lá o clima permite”, diz a historiadora do CCJ Eliane Cristina de Oliveira, que acompanha os visitantes durante o tour e dá a eles uma verdadeira aula de história.
Na maquete, o público pode verificar, entre outros pontos, a representação do local onde teria havido a última ceia de Cristo e o Monte Calvário, onde, segundo a tradição, Jesus teria sido crucificado. Há também a representação das muralhas e das 90 torres defensivas, de onde soldados fiscalizavam possíveis invasões ou motins internos.
A cidade representada na maquete já não é a mesma, pois acabou destruída durante uma invasão e passou por várias transformações. No mezzanino, no entanto, o público pode conferir uma exposição de fotos mais recentes de Jerusalém depois das várias mudanças ocorridas na terra santa.
O CCJ conta ainda com teatro para 200 pessoas, uma representação do Rio Jordão em forma de batistério, como uma opção de batismo, sala de leitura com um acervo característico e uma cafeteria.
Visitação
Por causa da pandemia, o número de visitantes está reduzido, e o CCJ recebe cerca de 100 pessoas por semana. “Antes, eram 600 pessoas por semana. Pelos seus variados espaços, a gente acaba recebendo várias pessoas, algumas delas vêm só para ter lazer mesmo. Aqui, realizamos palestras, caravanas, casamentos. É um espaço bem diversificado”, afirma a administradora do local, Erika Rodrigues.
O público pode agendar a visitação, por meio das redes sociais, site ou telefone do CCJ, e comprar o ingresso online ou presencialmente. O acesso custa R$ 25. Nas quintas-feiras, há promoção e os visitantes pagam meia-entrada. O espaço fica aberto todos os dias das 9h às 18h. “É um espaço voltado não somente para quem é religioso. É um espaço para todas as pessoas, independentemente de crenças. É um espaço de lazer e, sobretudo, de aprendizagem. E todos estão convidados”, diz o bispo Reinaldo Suisso.