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Você pode

De fato, reagimos de acordo com a informação que temos na mente. E acredite, eu te entendo. Passamos a vida toda com o mesmo conteúdo, validando vez após outra, as mesmas crenças. Quebre o ciclo. Empreender, segundo o dicionário Aurélio, significa: “propor-se, executar, pôr em prática, ou seja, em outras palavras: realizar tarefas.” E essa definição me faz pensar
que até mesmo as nossas queridas donas de casa, são seres empreendedores. Elas lavam, passam, cozinham, cuidam da família e se comprometem a desempenhar papeis os quais ás vezes, nunca foram preparadas para executar e sem nunca ter tido o dom.

Elas se comprometem sem que ninguém precise mostrar o caminho ou ação a ser feita. Elas têm autodisciplina com consistência todos os dias, ao se comprometerem em executar as suas tarefas. É uma missão diária. E não obstante, assim como muitos empreendedores, algumas ainda acrescentam o sentimento de amor ao próximo, para tais realizações. No entanto, acredito que o dicionário se limitou muito ao resumir o ato de empreender em: realizar tarefas. Pois quando realizamos tarefas ainda que seja empreender, ainda que sejam necessárias; não estamos produzindo ou construindo algo. Mas sim, estamos apenas repetindo tarefas que não irão construir algo para que
possamos desfrutar em um futuro próximo, ou mesmo a longo prazo. Estamos deixando de gerar ativos e sendo passivos

Todavia, no mercado convencional, a coisa já é bem diferente, pois nesse contexto as pessoas muito comumente fazem apenas o que lhes ordenam, vão embora no horário previsto e chegam no dia seguinte para desempenhar as mesmas coisas, com algumas variações e não há nada de errado nisso. No entanto, a boa notícia é que é possível empreender no seu trabalho convencional de algumas formas. Haja visto, que empreender é fazer a diferença, fazer mais que o ordenado, é fazer diferente e colocar
naquele negócio, ainda que não seja propriamente dito seu, uma força, um estado de espirito, um foco e muitas vezes o amor do principal representante da empresa, qual seja: O dono. Quando isso acontecer, tenha certeza, você também estará empreendendo.

Espantosamente ainda sob a herança do sistema prussiano de Otto von Bismarck, eu, você, eles, nós; algum dia “abaixamos a cabeça” e naturalmente acatamos o que nos diziam ser um modelo seguro, certo e para vida toda. Sim! O velho mito da
segurança corporativa, o qual muitos ainda abaixam a cabeça. E isso me faz lembrar uma frase muito sabia de Stephen R. Covey, que diria: “Não importa o quão rápido ou quão alto você sobe nessa escada se ela estiver recostada no tipo errado de muro.” Por sua vez, o “generoso” sistema prussiano, o qual idealizou a aposentadoria aos 65 de idade, quando na época a expectativa média de vida era até aos 45 anos; validou um sistema
que vai muito além; doutrinando e persuadindo pessoas de quase todo o mundo, de que a única coisa séria, segura e por fim valorosa, era uma boa e “segura” carteira assinada.

Atualmente, a maior parte da população mundial, está sob o julgo de aproximadamente 3%, que já entenderam quem são, onde querem chegar e o que verdadeiramente desejam para a vida. Entretanto, o que quase ninguém te avisou, é que o mito
corporativo acabou.

Vale lembrar, que na era agrária já existia um modelo o qual pode se chamar de o Uber do empreendedorismo. Nessa época, alguns fazendeiros trabalhavam nas terras dos reis; mas não se engane! Eles não eram empregados do rei. Sim! O sistema que alimentava essa relação era o fato de que os fazendeiros eram quem pagavam ao rei um determinado imposto para que pudessem obter o direito de usar a terra dele.

Você percebe que esses fazendeiros na verdade ganhavam a vida como empresários de pequenas empresas?! Sem sombra dúvidas, e relembrando o supracitado Stephen; esse também era um dos melhores muros para se recostar! Você conhece algum outro
negócio assim atualmente? Na bíblia, o livro inspirado por Deus, mais vendido e bem conceituado por pessoas simples e de renome em todo o mundo. Escrito simplesmente por nada mais,
nada menos que Salomão, o homem que acumulou uma fortuna de 3.4 trilhões de dólares (atuais); acredite! Nos dá lições de empreendedorismo, em provérbios 6: 6,7,8,9,10,11 e 5:15. Lê-se: “Vá aprender com a formiga preguiçoso; observe os seus
caminhos e torne-se sábio. Embora ela não tenha comandante, chefe ou governante; prepara suas provisões no verão; recolhe seu alimento durante a colheita. Até quando você vai ficar deitado aí preguiço? Quando é que se levantará do seu sono? Um pouco
de sono, um pouco de cochilo, um pouco de cruzar os braços para descansar, e sua pobreza chegará como um ladrão. E a sua carência como um homem armado. Beba água da sua própria cisterna e a água que brota do seu próprio poço. Leu com atenção?

Falando no ano de 2020; muitos ainda acreditam que para enfim, empreender é necessário aquele tal de: Dom. Mas muitos nesse mesmo ano, diante da conjuntura um pouco passada e atual, se descobriram, se reinventaram e constataram que Dom,
mesmo, na verdade significa: Determinação, otimismo e mão na massa. E os que ainda não descobriram, calma que ainda dá tempo! Aproveite a oportunidade e seja grato.

Afinal, com humildade, qualquer um pode empreender. Mas
empreendedorismo é um processo, uma lapidação, uma mudança de disposição no sentido mais amplo da palavra. É persistir! E entender que os recursos internos estão bem acima dos talentos técnicos. É sobretudo substituir crenças, hábitos, informações;
é pensar diferente e descobrir o seu propósito. É dar o primeiro passo olhando somente o primeiro degrau, sem nunca se esquecer de realizar os ajustes durante a caminhada. É saber a importância de compartilhar e a certeza de que o único sim que importa, é o
seu.

Luciana Marques
Executiva de Marketing e escritora
Instagram: @lucianamc10_

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