Por Guilherme Abrahão
As Eliminatórias da Copa do Mundo, em especial na América do Sul, se tornou um caminho cada vez mais fácil para Brasil e Argentina, principalmente, estarem em TODAS as edições de Copa do Mundo. O motivo para escrever em caixa alta é exatamente esse: na América do Sul não existem adversários para Brasil e Argentina. E talvez, por isso, as campanhas recentes de ambas as seleções nas últimas edições da Copa do Mundo, tenha deixado um pouco a desejar.
Isto porque, elas chegam sem uma boa preparação para a disputa do Mundial. Na Europa, como efeito de comparação, além de ser uma Eliminatórias mais complicada – tanto que a Itália, atual campeã da Eurocopa, sequer esteve na Rússia em 2018 – deixa as equipes mais bem preparadas para os desafios que o Mundial vem a oferecer. O exercício de compreensão é simples: ambas caíram para seleções da Europa em 2018. O Brasil para a Bélgica e a Argentina para a França.
A situação das Eliminatórias sul-americanas exige pouco das seleções por aqui. Salva exceções quando Chile, Uruguaios desafios ou a Colômbia estão com elencos mais competitivos, os desafios por aqui se resumem as duas apenas. A última final da Copa América mostrou muito do que é esperado: as duas seleções muito abaixo do nível do futebol europeu.
Se querem realmente voltar a ser competitivas, as seleções de Brasil e Argentina precisam de desafios mais fortes. Até mesmo na hora de realizar amistosos, nenhuma das seleções conseguem jogos grandes. Tite, por exemplo, pouco ganhou de seleções mais fortes da Europa. Seja em amistosos ou na Copa do Mundo. Em 2018, o Brasil venceu apenas a Sérvia, das europeias. Empatou com a Suíça e perdeu para a Bélgica.
Está complicado o momento do futebol sul-americano. Apesar de Messi e Neymar estarem por aqui e os dois plantéis serem competitivos, a falta de desafios pode custar caro no Qatar, em 2022. As duas já estão virtualmente na próxima Copa, mas é nítido que precisam evoluir. E para isso, precisam ser desafiadas. Só nos resta torcer pelo hexa em 2022.