Que o plástico tornou-se um material importante em escala mundial e onipresente em toda vida humana, você já sabe. A sua produção anual saltou de 2 milhões de toneladas em 1950 para atuais 400 milhões de toneladas ano. Deste montante, 8 milhões de toneladas de plásticos por ano chegam nos oceanos, o que equivale a um caminhão por minuto descartando lixo nos mares.
Mas para onde vai todo este plástico no oceano?
Grande parte destes plásticos flutuantes serão transportados por correntes marinhas – também conhecido por giros oceânicos – vento e ondas e, a maioria acabará se acumulando na superfície do mar formando o que conhecemos por “grandes manchas de lixo”.
A mais famosa destas grandes manchas é a “Ilha de Lixo do Pacífico” cujo tamanho seria de duas vezes a área da França. Acontece que o destino dos detritos de plástico flutuantes “presos” nesses giros, no entanto, permanece em grande parte desconhecido.
Um estudo publicado recentemente na revista “Nature”, aponta para as primeiras evidências de precipitação do lixo do Pacífico Norte, os plásticos estariam começando a afundar, prejudicando ainda mais a vida marinha através de impactos negativos.
Uma das razões para a precipitação seria a “colonização” dos plásticos por organismos, que faz com que estes objetos deixem de flutuar. Assim, esta precipitação acaba por prejudicar ainda mais a vida marinha através de impactos negativos, desde a liberação de produtos químicos tóxicos, animais presos às redes fantasmas de pescas, asfixia e fome dos animais silvestres após a ingestão e distribuição de organismos não nativos e potencialmente prejudiciais.
A poluição dos plásticos no oceano vem se mostrando um grande desafio para os sistemas de gerenciamento de resíduos sólidos, sendo necessário mais do que nunca ideias e ações globais para reduzir a quantidade destes materiais não recicláveis e repensar o gerenciamento dos resíduos domésticos.