A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o traficante que teria ordenado a morte dos três meninos desaparecidos em Belford Roxo, Baixada do Rio de Janeiro, foi assassinado como queima de arquivo. Segundo informa as investigações, o chefe do tráfico da comunidade Castelar pediu autorização para matar os meninos para o chefe da facção, mas não disse que se tratava de crianças.
Os meninos Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique, que desapareceram em Belford Roxo na Baixada Fluminense, em dezembro do ano passado. Segundo a polícia, a repercussão do crime não agradou outros integrantes da facção criminosa.
As investigações mostraram que, depois da morte dos meninos, Willer da Silva, o Estala, foi executado no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, como queima de arquivo.
“Os traficantes do Castelar mataram essas crianças autorizados pela cúpula da facção criminosa. O que a gente tem é que, quando pediu autorização para as chefias que estavam presas, do tráfico, para punir aquelas crianças, não foi falado que eram crianças”, explicou o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski.
A morte dele foi ordenada por Wilton Quintanilha, o Abelha, outro chefe da mesma facção criminosa que estava preso. A execução aconteceu depois que a polícia começou a avançar nas investigações. Ainda segundo a polícia, a morte das crianças foi por causa do furto de passarinhos. A Polícia Federal afirmou que Abelha saiu pela porta da frente da cadeia, beneficiado pelo esquema de corrupção na Secretaria de Administração Penitenciária.