Os fertilizantes transformaram a maneira como o mundo produz alimentos. Eles não só trouxeram grandes benefícios para a segurança alimentar, mas também trouxeram benefícios ambientais por meio de maiores safras e, portanto, menos uso da terra. Mas, pode haver uma desvantagem. Quando aplicamos fertilizantes em excesso – não importa se são naturais ou fertilizantes sintéticos – os nutrientes em excesso são lavados e poluem o ambiente natural.
O nitrogênio e o fósforo são os dois principais fertilizantes que os agricultores adicionam aos seus campos. Artigo publicado na Revista Science mostrou que quase dois terços do nitrogênio que são usados em plantações se torna um poluente.
Os agricultores globalmente aplicam cerca de 115 milhões de toneladas de nitrogênio todos os anos nas plantações. Apenas cerca de 35% é usado, oque significa que 75 milhões de toneladas de nitrogênio fluem para os rios, lagos e vão chegar aos oceanos. É bastante preocupante que dois terços do nitrogênio aplicado na agricultura se torne um poluente ambiental.
Outro nutriente muito utilizado nas plantações por meio de fertilizantes é o fósforo.
Globalmente, os agricultores aplicam cerca de 25 milhões de toneladas por ano. Acontece que 14 milhões de toneladas deixam de ser utilizadas pelas culturas e tornam-se poluentes. Isso significa que mais da metade vai para o lixo.
Os fertilizantes podem aumentar o rendimento das colheitas. Isso não só oferece benefícios econômicos para os agricultores e segurança alimentar, mas também produz benefícios ambientais ao reduzir a nossa demanda por novas terras agrícolas.
O grande desafio está em reduzir a poluição pelo uso de fertilizantes sem reduzirmos o rendimento das safras e assim, garantirmos a alimentação mundial.
Rafael Zarvos
Advogado e fundador da Oceano Resíduos, especialista em ESG.
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@rafaelzarvos