Nascido no Rio de Janeiro, mais precisamente no Bairro da Piedade, Alfredo da Rocha Viana Filho, ou somente Pixinguinha, é um dos maiores ícones do chamado “choro” brasileiro. E não só isso, conquistou o país mesmo vivendo em uma época em que a sociedade espalhava preconceito. De origem humilde, esse músico que orgulhou o país é um dos mais fortes nomes para se exaltar neste 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra.
Pixinguinha cresceu em meio a dezessete irmãos. Estudou no colégio mantido pelo Mosteiro de São Bento. Nunca foi um aluno brilhante, estudava só para agradar os pais. Há mais de um século, em 1897, veio ao mundo para brilhar. O apelido de “Pixinguinha” foi resultado do nome colocado por sua avó Edwiges, africana de nascimento, derivado do dialeto natal, “Pizindin” (menino bom), que depois virou Pixinguinha.
Dominou os conhecimentos de teoria musical ainda com 12 anos de idade. Nessa época, tocava flauta, cavaquinho e bandolim, mas sonhava com uma clarineta de sons agudos. Sua carreira se inicia de uma vez em 1911, quando chegava próximo dos 15 anos de idade. Em 1915, Pixinguinha fez sua primeira gravação para a Casa Falhauber, com o grupo “Choro Carioca”, interpretando o tango brasileiro “São João Debaixo d’água”, de seu professor Irineu de Almeida.
Começou a tocar com os Oito Batutas no cinema Palais, na Av. Rio Branco, para formar uma pequena orquestra para tocar na sala de espera.De lá estourou e o grupo foi até para Paris se apresentar, onde ficaram por seis meses .Voltando ao Brasil, seguiu compondo diversas músicas e elevando ainda mais seu toque requintado. Em 1937, seu maior sucesso de todos os tempos, e uma das maiores mpusicas brasileiras, foi gravada por Orlando Silva, “Carinhoso”, composta por Pixinguinha em 1923, mas que só depois recebeu a letra de João de Barros e se tornou o chorinho preferido de Pixinguinha.
Pixinguinha foi casado por 40 anos com a mesma mulher, Albertina, e não tiveram filhos biológicos, mas adotaram Alfredo, que também tinha dons musicais. Um dos grandes nomes da música brasileira faleceu em 1973, aos 75 anos. No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro. A data foi criada como homenagem ao que se acreditava ser a data de nascimento de Pixinguinha