Jornal DR1

“Sonho em me tornar bailarino profissional, e no momento estou precisando de ajuda para continuar lutando pelo meu sonho.”

Júlio Côrtes conta um pouco sobre sua trajetória de vida e sobre seus projetos

Júlio tem 17 anos e é bailarino. O adolescente é natural de Sergipe, onde morou a infância e parte da adolescência com a mãe, avó, os irmãos, e com o pai que morava no mesmo bairro. Quando tinha nove anos o pai faleceu, e ficou até os meus 11 anos o esperando voltar.  Quando tinha 14 anos, iniciou as aulas de ballet.

Atualmente, Júlio reside no Rio de Janeiro e está precisando de ajuda para conseguir viver na cidade. O bailarino está buscando ajuda para custear os gastos, como também, para participar das aulas de ballet na escola Petite Danse, localizada na Tijuca.

O jornal DR1 entrevistou o bailarino Júlio, que contou sobre seus sonhos no Ballet e sobre sua vida.

 

Jornal DR1: Quando teve o primeiro contato com o Ballet?

Júlio: Comecei a fazer ballet quando vi um menino passando pela rua que eu morava com roupa de ballet, e perguntei se meninos poderiam dançar e ele disse que sim, e que era pra ir um dia lá no clube onde aconteciam as aulas. E foi lá onde comecei as minhas aulas de ballet, e me apaixonei por essa arte, mas logo quando entrei no ballet minha mãe faleceu. Eu fiquei muito mal e triste, mas entendi que foi o melhor para ela. Então, me mantive focado no que queria, e em 2019 meu irmão mais velho também faleceu, e então já era só eu, minha avó e minha irmã Bruna.

Jornal DR1: O que ocorreu após o falecimento da sua mãe e do seu irmão?

Júlio: Aos 15 anos, fui morar com uma tia e ela sempre me ajudou. Logo depois fui morar com minha irmã e minha prima, então fui ver se conseguia algo que pudesse nos dar retorno financeiro. Em 2020, logo na pandemia, fui vender máscara que não deu muito certo, mas depois consegui um emprego numa lanchonete perto de casa.

 

Jornal DR1: Como você soube das audições para a escola de ballet?

Júlio: Então em 2021, contei para o meu amigo que me apresentou ao ballet, que meu sonho era ser bailarino profissional. Logo em seguida, abriram as audições da escola de dança que ele fazia parte, e então falei para ele que iria tentar. Mandei mensagem para diretora do projeto social que fazia parte lá em Sergipe e falei que queria fazer a audição. A audição tinha duas etapas, uma era por vídeo, caso passasse na primeira teria que vim para o Rio fazer a segunda etapa, porque era presencial.

 

Jornal DR1: O que aconteceu após ser aprovado na primeira parte da seleção?

Júlio: Então, assim que passei na primeira parte da seleção a tia Anubia me ajudou a vir para o Rio, para que pudesse fazer a segunda etapa, e eu passei também. Desde então, ela tem me ajudado em uma parte financeira. Mas, sempre falta dinheiro para pagar as contas, como aluguel, energia, água, internet, passagem de ônibus para ir para escola de dança e alimentação.

Jornal DR1: Qual ajuda está precisando no momento?

Júlio: Há pouco tempo, ela me falou que só vai poder me ajudar até a metade do ano e depois teria que me virar sozinho. Agora, estou em busca de emprego que dê para conciliar com os horários do ballet, já que eu passo basicamente o dia inteiro aqui na escola de dança, e também pela minha idade porque só faço 18 em agosto.

 

Jornal DR1: Em quais setores você trabalhou?

Júlio: Já fiz mousse e outros doces para vender, com o objetivo de conseguir uma renda. Mas, nem todo mundo compra e acabou que eu estava gastando mais dinheiro do que ganhando. Hoje em dia, estou morando com esse meu amigo que me apresentou ao ballet, o Fernando, ele é como um irmão pra mim, me ajudou e ainda ajuda muito.

Jornal DR1: Você sempre sonhou com o ballet? Qual foi sua primeira experiência com a dança?

Júlio: Não, eu sempre gostei de dançar, mas sempre via as meninas fazerem ballet, até que eu vi um menino passando pela minha rua. A minha primeira experiência com a dança foi incrível, eu amo muito dançar, e o ballet clássico é muito lindo me apaixonei na primeira aula. Já realizei duas apresentações em Sergipe, e aqui no Rio fiz uma em dezembro de 2021. As minhas experiências foram emocionantes, eu lembro que chorei muito quando vi que minha irmã estava ao meu lado.Ela entrou no mesmo ano que eu, mas dois anos depois ela saiu. Nós dançamos juntos nas mesmas coreografias, foi incrível.

Jornal DR1: Qual seu maior sonho?

Júlio: Tenho muitos, mas um deles é ser bailarino profissional e dar uma vida melhor para as pessoas que amo, como minha avó e irmã.

Jornal DR1: Qual a importância do ballet na sua vida?

Júlio: Eu acho que o amor é que nos torna quem somos, e o ballet é o que eu amo, e poder passar o amor que sinto para outras pessoas é impagável.

Jornal DR1: Qual o objetivo da rifa que está realizando?

Júlio: No momento, estou fazendo uma rifa para conseguir comprar minha cama, colchão e meu guarda roupa. As pessoas podem entrar em contato comigo através do meu Instagram @Juliocortesoficial.

 

 

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