Não é de hoje que os conflitos territoriais entre as republicas soviéticas estão vitimando inocentes como está ocorrendo na guerra da Ucrânia, que já ultrapassa 2.000 mortos.
Embora não declarada, a guerra do Alto Carabaque, se alongou entre os anos 1988/1994 pelo controle dos picos montanhosos do corredor de Lachin, que ligava a Armênia ao Carabaque.
Um dos ataques mais significativos foi à aldeia de Khojaly que possuía aproximadamente 10.000 habitantes, e estava situada em uma região estratégica por abrigar o único aeroporto da região.
Em fevereiro de 1992, as forças armadas armênias invadiram Khojaly e promoveram violento massacre a sua população com a tortura e mutilação brutal de centenas de pessoas inocentes, incluindo crianças, mulheres e idosos apenas porque eram azerbaijanos.
As tropas armênias mataram 613 pessoas com morteiros, artilharia e tiros de tanques, na tentativa de despovoar a aldeia para ocupá-la.
Campanha khojaly
A ativista azerbaijana Leyla Aliyeva, filha do presidente do Azerbaijão Ilham Heydar Oglu Aliyev, é a idealizadora da campanha “Justiça para Khojaly” com o objetivo de conscientizar a comunidade internacional acerca do genocídio havido contra a pequena aldeia para honrar as suas vítimas e sobreviventes.
De acordo com os registros, o número de mortos inclui 106 mulheres, 63 crianças e 70 idosos, sendo que outras 487 pessoas ficaram gravemente feridas.
Alguns residentes conseguiram escapar enfrentando temperaturas abaixo de zero e alcançando territórios ainda controlados pelas forças do Azerbaijão.
A campanha busca a garantia do direito à justiça, memória e verdade para apurar as graves violações de Direitos Humanos ocorridas em Khojaly.
O Azerbaijão é uma nação de história e tradições antigas. É um dos poucos países do mundo onde numerosos grupos étnicos convivem pacificamente e todos são tratados com igualdade e respeito, independentemente de sua fé, origem étnica ou racial. A tolerância é um de seus princípios basilares.
Objetivos estratégicos da campanha
O Embaixador do Azerbaijão no Brasil Elkhan Polukhov também está mobilizando brasileiros para aderirem a campanha, que objetiva:
-Obtenção de reconhecimento global, avaliação política e jurídica sobre o Genocídio de Khojaly;
-Obrigar o Governo Armênio a apresentar um pedido oficial de desculpas, oferecer as devidas garantias e garantias de não repetição e reparar integralmente os danos (materiais e morais) que causou;
-Responsabilização dos autores dos responsáveis pela prática dos respetivos crimes;
-Conscientizar a comunidade internacional sobre o genocídio de Khojaly, a história do conflito Armênio-Azerbaijão de Nagorno-Karabakh, suas raízes e consequências, bem como a retirada imediata e incondicional de todas as forças armadas armênias dos territórios ocupados do Azerbaijão;
-Para homenagear as vítimas do genocídio, apoiar as famílias sobreviventes, manter vivas as memórias desses eventos, especialmente entre a geração mais jovem.