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Mudança climática e risco às seguradoras

Questões relacionadas à mudança climática como por exemplo, ondas de calor extremo, incêndios, desastres naturais e perda da biodiversidade, tem despertado à atenção das empresas, em especial das seguradoras por conta dos altos valores dos prêmios pagos à cada evento catastrófico. Significa dizer quealgumas apólices de seguro podem vir a se tornar inviável economicamente para alguns clientes ou até mesmo para as próprias seguradoras.
EM 2017, por exemplo, o furação Harvey causou às seguradoras um prejuízo de U$125 bilhões de dólares em pagamento de prêmios aos segurados.
Um relatório sobre “Seguros contra furacões na Flórida ”publicado pelo Instituto de Seguros Americanos em 2020,apontou que naquela região existem 3 milhões de casas em risco climático o que somado daria U$581 bilhões de dólares em pagamento de indenização, gerando nos clientes e investidores uma insegurança econômica quanto a sua capacidade de honrar as apólices.
Tanto as seguradoras como as demais empresas precisam reformular os seus modelos de negócios à atualidade climática se quiserem sobreviver.
Algumas seguradoras já começaram a incorporar o risco climático aos seus produtos enquanto outras já se comprometeram a diminuir a sua exposição às indústrias geradoras de gases de efeito estufa até 2040.
A mudança climática e suas consequências não é um acontecimento local, os seus efeitos estão conectados globalmente. Um aumento da temperatura média global aumenta a probabilidade de inundações e incêndios independentemente da localização daquela cidade, país e/ou região.
Durante anos as seguradoras ajudaram os segurados a mitigarem os seus riscos. Agora são as próprias seguradoras que precisam prevenir os seus riscos climáticos se quiserem permanecer no mercado.
A sua necessidade de resiliência é um exemplo a ser seguido pelas indústrias Sem as Companhias de Seguro, o socorro às crises climáticas virá do agente Estatal.

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