Em um artigo publicado agora no mês de março, na revista Environment International, cientistas da Universidade de Amestrdã, detectaram pela primeira vez microplástico na corrente sanguínea humana pela primeira vez.
A descoberta mostra que as partículas podem viajar pelo corpo humano e se alojar em órgãos. Nas 22 amostras de sangue analisadas, adultos saudáveis, em 17 foram encontrados partículas de microplásticos sendo, 50% com traços de plástico PET, usados em garrafas de bebidas, um terço continham poliestireno, usado para embalar alimentos e outros produtos. Em 25% encontraram polietileno, que é usado para fabricar sacolas plásticas.
Os pesquisadores estão preocupados porque os microplásticos causaram danos às células humanas em pesquisas laboratoriais e estas partículas já estão misturadas às partículas de poluição do ar e juntas, entram em nossos corpos quando respiramos. Sabemos também que a poluição causa a morte de centenas de milhares de pessoas por ano no mundo.
O plástico, onipresente em nosso Planeta, já foi encontrado no Monte Everest, misturado às partículas de neve, em fezes de bebê, em tecidos humanos, no cordão umbilical, nas placentas humanas, em nossos alimentos como os peixes – já comemos o equivalente a um cartão de crédito por semana – na água e muito mais. Sem mencionar que pesquisas já demonstraram ainda que as raízes também são capazes de absorver nanoplásticos.
Os estudos ainda não são conclusivas sobre os impactos na saúde humana, mas pesquisas tem apontado por exemplo, que podem ser indutores carcinogêneses, ou seja, induzir o câncer.
O problema está se tornando mais urgente a cada dia.