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Festival de Inverno de Campos do Jordão chega à sua 52ª edição inspirada no Modernismo

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo lançou o 52º. Festival de Inverno de Campos do Jordão, reconhecido como o maior e mais tradicional evento de música clássica da América Latina. A programação artística e pedagógica acontece de 02 a 31 de julho e estará dividida entre as cidades de Campos do Jordão e São Paulo. Serão ao todo 84 concertos, sendo 90% deles gratuitos.

O festival acontecerá em sete palcos, espalhados em quatro locais: o Auditório Claudio Santoro, no Parque Felicia Leirner, (apresentações de sexta a domingo); o recém-inaugurado Parque Capivari (sábados e domingos); o Palácio Boa Vista, com concertos na Capela de São Pedro e em um palco externo (sábados e domingos); e a histórica Igreja de Santa Teresinha, no centro da cidade (sextas-feiras).

A Sala São Paulo, instituição do Governo de São Paulo, assim como o auditório e o museu, também terá uma agenda diária de apresentações, divididas entre a Sala de Concertos e a Sala do Coro, e ênfase em apresentações de artistas do festival.

“Para a edição deste ano, temos o foco de oferecer a melhor programação possível para o público, levando em consideração o impacto da pandemia em todo o setor cultural e, sobretudo, no funcionamento das orquestras”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão. “Por isso, o Governo do Estado de São Paulo tomou a decisão de realizar um grande investimento na viabilização dos concertos e do programa pedagógico, que está atrelado ao Festival”

Os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, completados em fevereiro último, permeiam toda a programação do Festival, que, neste ano acontece com o tema Modernos Eternos. A expressão é inspirada no início do poema Eterno, do livro Fazendeiro do Ar (1954), do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade: “E como ficou chato ser moderno
Agora serei eterno”.

Um panorama do modernismo internacional, em especial das décadas de 1920 e 1930, poderá ser ouvido nos programas do Festival, com obras sinfônicas e camerísticas de compositores que chegaram à maturidade nesse período, como Igor Stravinsky, Béla Bartók, Manuel de Falla, Sergei Prokofiev, Silvestre Revueltas, Paul Hindemith, Bohuslav Martinů e, é claro, Heitor Villa-Lobos, o grande nome da música brasileira presente na Semana de 1922. Também serão lembrados o bicentenário do romântico belga César Franck e o centenário do vanguardista brasileiro Gilberto Mendes.

O Prêmio Eleazar de Carvalho contemplará o/a bolsista que mais se destacar nessa edição, concedendo a ele/a uma bolsa de US$ 1,4 mil mensais para estudar por um período de até nove meses em uma instituição estrangeira de sua escolha, além de ter cobertas as despesas de translado entre o Brasil e o exterior. A Fundação Osesp poderá premiar outros bolsistas que se destacarem durante as atividades, com bolsas na Academia de Música da Osesp.

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