No último Congresso Científico Anual da Sociedade Europeia de Cardiologia ocorrido recentemente em Madri, na Espanha, pesquisadores apresentaram um estudo relacionado arritmia cardíaca à Poluição do Ar.
A pesquisa analisou 5 anos de dados de pacientes da região de Piacenza na Itália que colocaram um Cardioversor Desfibrilador Implantável, dispositivo que monitora o ritmo cardíaco no paciente.
O estudo apontou que a sobrevivência dos pacientes cardíacos não depende somente do tratamento médico, mas também da qualidade do ar que respiram.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, aproximadamente 7 milhões de pessoas morrem todos os anos devido à exposição do ar poluído, 91% da população mundial vive em áreas com contaminantes no ar que ultrapassam os níveis de segurança recomendado pela OMS. Ainda, segundo a Organização, a poluição do ar é o quarto maior fator de risco alto de mortalidade, deixando para trás ocolesterol, a obesidade, atividade física e o uso de álcool.
Para chegarem a esta conclusão, os pesquisadores compararam a concentração de poluentes do ar nos dias em que os pacientes sofreram arritmia e os níveis de poluição nos dias sem arritmia.
Os pesquisadores acreditam que as partículas tóxicas emitidas pelas indústrias e carros, por exemplo, podem causar inflamação aguda do músculo cardíaco, atuando como gatilho para a arritmia cardíaca letal.
Ao mesmo tempo em que o mundo inicia uma transição para uma economia de baixo carbono, priorizando uma energia mais limpa, precisamos cobrar dos nossos gestores públicos, projetos “verdes” para as nossas cidades.
A poluição ambiental não é apenas uma emergência climática, mas também um problema de saúde pública.