Nascida na véspera de Ano-Novo, em uma família de classe média paulistana, Rita é a filha mais nova do dentista Charles Fenley Jones, paulista descendente de imigrantes norte-americanos confederados do Alabama e do Tennessee estabelecidos em Santa Bárbara d’Oeste, e de Romilda Padula, também paulista, filha de imigrantes italianos da região do Molise, no sul da Itália. Seus pais tinham outras duas filhas: Mary Lee Jones e Virgínia Lee Jones. O “Lee” é um nome composto com que o pai quis registrar todas as filhas, em homenagem ao general Robert E. Lee, do exército confederado norte-americano. Originalmente, seu primeiro nome era planejado para ser Bárbara, em homenagem à santa, mas na hora do batizado resolveram homenagear a avó materna, que se chamava Clorinda, mas tinha o apelido de Rita.
Rita Lee nasceu e cresceu no bairro da Vila Mariana, onde viveu até o nascimento de seu primeiro filho. Em entrevistas, revelou que este bairro é especial para ela, já que lá tem uma grande parte de todas as melhores lembranças de sua vida.
Durante a infância, teve aulas de piano com a musicista clássica Magdalena Tagliaferro. Não pensava em ser cantora de rock, mas ser atriz de cinema, veterinária ou a profissão que seu pai queria, dentista.
Rita Lee é uma das mulheres mais influentes do Brasil, sendo referência para aqueles que vieram a usar guitarra a partir de meados dos anos 1970, sobretudo as mulheres. Ex-integrante do grupo Os Mutantes (1966-1972) e do Tutti Frutti (1973-1978), Lee participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade. Suas canções, em geral regadas com uma ironia ácida ou com uma reivindicação da independência feminina, tornaram-se onipresentes nas paradas de sucesso, sendo “Ovelha Negra”, “Mania de Você”, “Lança Perfume”, “Agora Só Falta Você”, “Baila Comigo”, “Banho de Espuma”, “Desculpe o Auê”, “Erva Venenosa”, “Amor e Sexo”, “Reza”, “Menino bonito” , “Flagra” e “Doce vampiro”, entre outras, as mais populares. O álbum, Fruto Proibido (1975), lançado juntamente com a banda Tutti Frutti, é comumente visto como um marco fundamental na história do rock brasileiro, considerado por alguns como sua obra-prima.
No dia 22 de janeiro de 2012, Rita anuncia sua aposentadoria dos palcos em seu show de estreia no Circo Voador no Rio de Janeiro devido à sua fragilidade física: “Me aposento dos shows, mas da música nunca”, explicou a cantora no seu Twitter.
A cantora se tornou mais reclusa nos últimos tempos, após a descoberta de um câncer no pulmão, enfim comentou brevemente a experiência pelas redes sociais do filho João Lee, onde um fã perguntou: “Alguma nova percepção da vida após o câncer? Estou enfrentando um aos 27 anos”. Sintética, ela escreveu: “A parada é dura, mas tem que ter coragem. Saúde pra você!”.
E parece que vêm novidades por aí, com a remissão do câncer e encaminhando-se para o fim da pandemia, a cantora informou pelo instagram de seu filho aos seus fãs que os projetos de um filme e de um documentário estavam lentos nos últimos anos, mas que estariam retornando por agora.
Neste um ano de tratamento, Rita Lee se submeteu a mais de 30 sessões de quimioterapia e radioterapia. A cantora começou a escrever algumas anotações durante o período e pretende torná-las um livro em que pretende contar sobre a luta contra o câncer.