Com 23 anos, Fernando Mendonça é bailarino, professor de ballet clássico e maquiador profissional. Iniciou a careira no ballet em um projeto social na cidade natal Aracaju – SE. Em janeiro de 2017, iniciou os estudos na Petite Danse, e se formou em 2021. Atualmente, atua como professor da escola e bailarino da companhia da escola, e recentemente, se especializou na maquiagem.
A última apresentação do Fernando foi em Joinville, o maior festival de dança do mundo, onde a companhia ficou em 2º lugar. Fernando também continua ensinando crianças e adultos da campainha.
O Jornal DR1 realizou uma entrevista com o Fernando Mendonça, que contou sobre sua carreira no ballet e seus projetos.
Jornal DR1: Quando iniciou a carreira?
Fernando Mendonça: Minha vida com a arte começou cedo, sempre gostei de dançar, aos 10 anos iniciei meus estudos com o ballet em um projeto social na minha cidade natal, em Aracaju – SE. Era o único menino da turma, na escola regular, e logo comecei a sofrer bullying por fazer ballet. E com isso, comecei a ficar desmotivado, após seis meses de aula abandonei por não aguentar mais sofrer bullying. O tempo passou até que em 2015, aos 16 anos, resolvi voltar a dançar no mesmo local, no projeto social Arte na Escola.
Com alguns meses de aula, ganhei bolsa de estudos em uma escola privada na capital, o Centro Cubos de Dança. E após um ano de aula, viajei até Salvador para realizar uma audição para escola do Teatro Bolshoi, e foi um fracasso.
Jornal DR1: Quando realizou a inscrição para a Petite Danse?
Fernando Mendonça: Certo dia, eu assisti um vídeo de divulgação, onde a Petite Danse – uma das melhores e mais renomadas escolas de dança do país – estava realizando audições para rapazes de 16 a 21 anos com bolsas de até 100% de estudo. E com a ajuda da minha escola de Aracaju, a Centro Cubos de Dança, eu gravei uma aula avaliativa e enviei para o e-mail da escola. No dia seguinte, recebi a resposta que tinha sido aprovado com bolsa 100%, fiquei extremamente feliz. Em Janeiro de 2017, iniciei meus estudos na Petite Danse, e em 2021 me formei. Hoje atuo como professor da escola e bailarino da companhia da escola.
Jornal DR1: Como é trabalhar como professor na Petit Danse?
Fernando Mendonça: É incrível porque a escola tem uma estrutura muito boa, e tenho muita liberdade como profissional!
Jornal DR1: Tem alguma apresentação nos planos para este ano?
Fernando Mendonça: Sim, em setembro temos um festival de dança aqui no Rio. E em dezembro, terá nosso espetáculo de final de ano.
Jornal DR1: Como é saber que se tornou inspiração para tantos jovens e adultos?
Fernando Mendonça: É muito gratificante ver meu trabalho sendo valorizado, e me enxergar tornando uma referência como profissional.
Jornal DR1: Qual é o seu maior sonho?
Fernando Mendonça: O meu maior sonho é levar minha arte para o máximo de pessoas possíveis, e fazer com que elas sintam a pureza e a sensibilidade que o ballet trás.
Jornal DR1: Qual é a importância do ballet na sua vida?
Fernando Mendonça: O ballet é uma das coisas mais importantes da minha vida. Ele me levou a lugares que nunca imaginei, tive muitas conquistas e realizações pessoais.
Jornal DR1: O que falaria para as pessoas que criticam meninos que desejam dançar ballet?
Fernando Mendonça: Se elas soubessem o quanto é incrível se expressar através de movimentos, e ter a sensação de liberdade no próprio trabalho, não haveriam críticas. O ballet exige um preparo físico intenso e alto desempenho. Acho que essas pessoas deveriam fazer uma aula, tenho certeza que a percepção iria mudar no mesmo momento.
Jornal DR1: Como é o seu trabalho como maquiador na equipe?
Fernando Mendonça: Acabo tendo um destaque a mais, até porque sou o único maquiador profissional daqui. Estou me especializando e desenvolvendo uma técnica de maquiagem para palco. Isso está alavancando minha carreira e sem contar que é incrível trabalhar com duas coisas que eu amo e que casam perfeitamente.
Jornal DR1: Quais são seus planos para este ano?
Fernando Mendonça: Estou me recuperando de uma lesão que tive no início do ano, por um desgaste físico, acabei desenvolvendo uma hérnia de disco. Então, desejo ficar 100% bem, para que o ano que vem seja melhor.