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Maitê Proença – a eterna Dona Beija

Maitê Proença Gallo nasceu em São Paulo no dia 28 de janeiro de 1958. É uma atriz, apresentadora e escritora brasileira.

Filha da professora Margot Proença e do Procurador de Justiça Augusto Carlos Eduardo da Rocha Monteiro Gallo, a artista possui origem portuguesa, sendo seus dois avôs materno e paterno portugueses. Aos cinco anos de idade, foi matriculada na Escola Americana de Campinas, que era destinada principalmente a filhos de norte-americanos residentes no Brasil, onde aprendeu a falar inglês fluentemente. Com uma criação extremamente rígida, tinha que passar a maior parte do tempo estudando, e o pai a proibia de ver televisão e de ter amigos.

Aos doze anos de idade, Proença passou por uma grande tragédia: seu pai suspeitava que sua esposa mantinha um relacionamento extraconjugal e, enfurecido, assassinou a esposa com onze facadas. Ele não foi preso e acabou sendo absolvido em dois julgamentos; Proença foi testemunha de defesa do pai, o que facilitou o processo. Toda sua família materna ficou contra Proença, por ter ido a favor do pai no processo, e deixaram de manter contato com ela. Aos dezesseis, foi morar em Paris sozinha para terminar seus estudos, e seu irmão voltou para o Brasil.

De volta ao Brasil, Proença decidiu sair do pensionato luterano que morava, e pediu abrigo a um padre, passando a residir em um quarto nos fundos da igreja. Aos dezenove, prestou vestibular para várias faculdades, e chegou a iniciar o curso de graduação em Psicologia, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mas não o concluiu. Optou por viajar para diversos países da Europa, África e Ásia. Também decidiu deixar o tratamento psicológico, mas sua depressão e ansiedade estavam fortes demais, e então se viciou em drogas e álcool, contando em entrevistas ter sido usuária de cigarros, cocaína, ayahuasca, chá de cogumelo e cannabis durante três anos. Mais tarde, afirmou que cessou o uso das drogas facilmente, declarando: “Larguei todas as drogas que usei sem qualquer sofrimento.”

Em 1979, Proença estreou como atriz de televisão na novela Dinheiro Vivo. Inicialmente, sua participação estenderia-se somente a uma ponta de uma semana, porém sua personagem acabou ficando até o final da novela. No mesmo ano, já estava contratada pela Rede Globo e participaria da novela Coração Alado, mas sofreu um acidente de carro que afetou sua coluna, afastando-a de suas atividades por quase um ano. Chegou a pensar em abandonar a carreira, porém além de ter um contrato com a Globo, já possuía bastante mídia, havia estampado diversas capas de revistas e batido recordes de audiência, dando bastante lucro à empresa contratante, e foi desaconselhada a sair.

Tendo em seu currículo 20 novelas, sete minisséries, 19 filmes, três programas como apresentadora, dois livros, duas peças escritas e 11 em que atuou, o trabalho no qual mais fez sucesso foi à interpretação da cortesã Dona Beija na novela homônima, e que impulsionou sua carreira. Dona Beija foi a primeira novela a utilizar o recurso do banho na cachoeira, causando um certo escândalo na época e dando audiência. Proença protagonizou as primeiras cenas de nudez em uma novela do horário nobre no Brasil, as quais se tornariam ícones daquela produção: a cortesã tomando seus banhos em uma cachoeira.

Após muitos anos de contrato fixo com a Rede Globo e fazendo parte do primeiro time da emissora, fãs são surpreendidos com a demissão da atriz em 2016, o que foi muito noticiado em sites e revistas. A atriz ficou revoltada com a emissora, na qual dedicou toda sua vida profissional.

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