A incerteza das pessoas sobre o futuro neste momento em que discutimos crise climática pode vir a servir como forma da sociedade a repensar o seu estilo de vida para tentar se adaptar a uma vida “baixo carbono”.
A American Psychology Associataion já classificou este medo pelo futuro incerto como “ansiedade climática ou eco-ansiedade”, uma “aflição emocional, mental ou somática aumentada em resposta a mudança perigosa no sistema climático” , que pode resultar em sintomas como ataques de pânico, perda de apetite e insônia. No último estudo publicado em 2021, esse medo era prevalente entre os jovens.
Agora, um novo estudo no Reino Unido e publicado no Journal of Envirommental Psychology, ouviu 1338 adultos entre os anos de 2020 e 2022 para entender a prevalência da ansiedade climática neste grupo.
A pesquisa apontou que, apesar de 75% dos entrevistados relatarem preocupação com as mudanças climáticas, apenas 4,6% reconheceram sentir alguma “ ansiedade climática”.
O estudo mostrou também que a “ansiedade climática” demonstrada pelos entrevistados não representava necessariamente um pensamento negativo mas sim, um “gatilho” motivacional para mudanças de comportamento como por exemplo, tentar reduzir o consumo de carne vermelha, tentar economizar energia e realizar compras de segunda mão.
Uma outra descoberta muito importante relatada no artigo, e que obrigará as organizações a reverem as suas estratégias de comunicação, foi o fato das imagens divulgadas em campanhas mostrando tempestades furiosas ou ondas de calor, por exemplo, geraram ansiedade climática nos entrevistados.
De uma forma geral, o resultado da pesquisa sugere que a ansiedade climática seja maior em determinados grupos e não um temor generalizado.
De qualquer maneira, precisamos aprofundar o conhecimento dos impactos da crise climática em nossa saúde mental de forma a promover o bem estar das pessoas.