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Covid-19: Menores de 5 anos têm queda mais lenta em internações

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) corrigiu ontem (29) informações divulgadas quinta-feira (28) pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), sobre internações de crianças menores de 5 anos com covid-19. Diferentemente do informado na quarta-feira, as hospitalizações de bebês e crianças nessa faixa etária não representam quase metade de todas as internações por covid-19 no país. O percentual correto é de 8,5%.

Segundo a correção, as internações também não superaram as de idosos. Na reportagem publicada quarta-feira (28), a Agência Brasil havia destacado essa informação, porque os maiores de 60 anos são considerados grupo de risco para agravamento da covid-19. Os dados corretos indicam que houve 2.205 internações pediátricas nessa faixa etária entre 17 de julho e 10 de setembro, enquanto as de pessoas com 60 anos ou mais somaram 17.331.

O Observa Infância manteve a avaliação de que, com o avanço da vacinação entre adolescentes, adultos e idosos, as taxas de hospitalização caíram de forma mais lenta nas crianças menores de 5 anos. Enquanto entre os idosos houve redução de 325% na média diária de óbitos por covid-19, para os menores de 5 anos essa queda foi de 250%.

Com a queda mais lenta, a proporção de crianças de até 5 anos no total de internações cresceu de 5,6%, no primeiro semestre do ano, para 8,5%, de 17 a 10 de setembro, segundo dados dos Boletins Epidemiológicos Especiais: Covid-19 (SVS/Ministério da Saúde).

De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, até 23 de setembro, somente 2,5% dos bebês e crianças com menos de 5 anos havia recebido a vacina, e, segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde, o número de doses aplicadas nessas crianças não chega a 1 milhão. Para bebês de 6 meses a 2 anos, a Anvisa já aprovou o uso da Pfizer pediátrica, em 16 de setembro, mas a vacinação ainda não começou.

“A cada dia que passamos sem vacinas aplicadas nessa faixa etária, mais de uma criança morre por covid-19 no Brasil”, afirma Cristiano Boccolini, pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz.

 

 

 

Agência Brasil

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